Depois de praticamente reassumir a Presidência há duas semanas, no alvorecer do Paloccigate, o molusco vive agora um curioso dilema: Todo mundo sabe que ele é o que parece, mas se esforça para não parecer o que é, para que Dilma Rousseff pareça o que ainda foi!
De passagem por um evento promovido por produtores de etanol, em São Paulo, o molusco foi inquirido sobre os conselhos que deu a Dilma e responde: "Não falei (com Dilma), porque é uma questão muito pessoal. Eu já vivi crises e sei como é que é."
O pedaço sobre a ausência de contato com Dilma é lorota. Conversaram pelo telefone pelo menos duas vezes desde sábado, e só não desembarcará em Brasília nesta terça (7) porque a pupila encareceu que não viesse. Pegaria mal!
Quanto às crises passadas, o molusco, de fato, sabe “como é que é”. A platéia também não ignora. No seu caso, as encrencas foram esticadas até o limite do intolerável. José Dirceu só foi despachado da Casa Civil depois que Roberto Jefferson gritou: “Sai daí, Zé”!
Antonio Palocci, só foi apeado da Fazenda, com direito a beijo do chefe, depois que o estupro à conta do caseiro tornara-se claro como água de bica.
Quanto a Erenice Guerra, não fosse a necessidade de simular recato para não perder os votos de 2010, ela talvez estivesse no quarto andar do Planalto até hoje.
Em meio à sua primeira crise, Dilma guia-se pela cartilha do predecessor. Protagoniza um filme sem mocinhos. Palocci, no entanto, já sabe como termina a fita!
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