Exército de Brancaleone |
Dos 81 senadores, só 9 se comprometeram a integrar a Frente Nacional contra a Corrupção, liderada por Pedro Simon, formalizada segunda-feira. Jamais se viu burrice tão grande quanto a manifestada pelos outros 72. Porque agora serão tidos como membros da Frente Nacional pró-Corrupção. Bastaria terem aderido na hora. Como resultado, tomariam do senador gaúcho a liderança do movimento e poderiam conduzir o processo como bem entendessem, quem sabe indicando Renan Calheiros ou Romero Jucá como dirigentes maiores...
Faltou massa encefálica no Senado. Poderiam ter-se lembrado de episódio acontecido em Minas, logo que Tancredo Neves foi eleito governador, em 1983. Secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto procurou Tancredo para transmitir uma péssima notícia: parte da bancada mineira na Câmara havia assinado proposta para a criação do Estado do Triângulo, separando-se das Gerais. Em vez de ficar preocupado, o novo governador riu maliciosamente e disse estar resolvido o problema. “Como?” “Ora, no dia seguinte à aprovação do projeto, nós pedimos para aderir...”
Mesmo minoritário e impotente, o grupo recém-formado vai dar trabalho. Quando cada um de seus integrantes ocupar a tribuna para apoiar a presidente Dilma e a campanha contra a corrupção, o que farão os 72? Não poderão retirar-se do plenário, como fizeram há dois dias. Muito menos pedir apartes para enaltecer a corrupção. O silêncio, terceira opção, será tão cruel como as duas anteriores. Bem feito!
Quanto a esperar conseqüências do Exército Brancaleone que acaba de se constituir, é outra história!
Faltou massa encefálica no Senado. Poderiam ter-se lembrado de episódio acontecido em Minas, logo que Tancredo Neves foi eleito governador, em 1983. Secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto procurou Tancredo para transmitir uma péssima notícia: parte da bancada mineira na Câmara havia assinado proposta para a criação do Estado do Triângulo, separando-se das Gerais. Em vez de ficar preocupado, o novo governador riu maliciosamente e disse estar resolvido o problema. “Como?” “Ora, no dia seguinte à aprovação do projeto, nós pedimos para aderir...”
Mesmo minoritário e impotente, o grupo recém-formado vai dar trabalho. Quando cada um de seus integrantes ocupar a tribuna para apoiar a presidente Dilma e a campanha contra a corrupção, o que farão os 72? Não poderão retirar-se do plenário, como fizeram há dois dias. Muito menos pedir apartes para enaltecer a corrupção. O silêncio, terceira opção, será tão cruel como as duas anteriores. Bem feito!
Quanto a esperar conseqüências do Exército Brancaleone que acaba de se constituir, é outra história!
Carlos C.
articulista
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