Dez anos depois de ter violado o painel do Senado, em 2000, José Roberto Arruda (ex-DEM) depôs à Justiça Federal sobre o caso.
O Judiciário, como se sabe, caminha no Brasil a passos de tartaruga manca. Mas, nesse episódio, deve-se debitar parte da delonga ao réu.
O Judiciário, como se sabe, caminha no Brasil a passos de tartaruga manca. Mas, nesse episódio, deve-se debitar parte da delonga ao réu.
Arruda fora intimado oito vezes desde 2006, e aproveitando-se do escudo do cargo de governador, esquivou-se de comparecer a todas as audiências. Perdendo o escudo, teve que abandonar suas férias em Minas Gerais, onde recuperava-se dos dois meses de cana na Polícia Federal e apresentou-se ao Juiz, na Brasília de seus pesadelos!
Ressurgiu mais composto do que no dia que deixara a cadeia. Livrou-se da barba. A tez morena como que denuncia que o governador cassado tem desperdiçado nacos de seu tempo livre em banhos de Sol.
Falou por cerca de duas horas ao juiz federal Alexandre Vidigal de Oliveira. Inquiriu-o também a procuradora da República Eliana Rocha. O Ministério Público acusa-o, neste caso, de improbidade administrativa. Quebrou o sigilo, como se sabe, de uma votação que se pretendia secreta.
Em parceria com o cacique pefelê ACM, já morto, tateou a lista de votantes da sessão em que o mandato de Luiz Estevão (PMDB-DF) foi chutado do Senado!
Diante do juiz, Arruda recorreu, veja você, a um argumento à moda Lula: não sabia que a votação era sigilosa. Perdeu o cargo! Não a desfaçatez, como se vê. A certa altura, disse que o verdadeiro crime não foi a violação do painel. Danoso mesmo, disse ele, "é esconder os votos dos representantes eleitos pela população".
Sem partido, perdeu o direito de disputar a eleição de 2010. Mantém, contudo, a malemolência que o permitiu sobreviver ao escândalo inaugural. Na época da fraude, subira à tribuna um par de vezes. Num primeiro discurso, jurara pelos filhos que não tomara parte do malfeito! Vertera lágrimas! Num segundo pronunciamento, quando já era impossível negar o inegável, admitira que apalpara a lista de votação.
Dias depois, para fugir à cassação, renunciaria ao mandato. Era à época um tucano ilustre! Respondia pela liderança do governo FHC.
O tempo passou. Arruda elegeu-se deputado. O mais votado do DF. Depois, virou governador. E voltou a delinquir. No depoimento desta quinta, disse que a lista secreta de votos lhe fora entregue sem que a houvesse solicitado. Procurou-o, segundo disse, a então diretora do setor de informática do Senado, Regina Célia. Entregou-lhe a lista, e pediu que a repassasse a ACM.
Arruda perdeu quase tudo, a filiação partidária, o cargo, o que lhe restava de reputação... Não resta à platéia senão aguardar pela sentença. Neste e nos outros casos que foram pendurados à biografia do ex-senador, ex-deputado e ex-governador!
Ressurgiu mais composto do que no dia que deixara a cadeia. Livrou-se da barba. A tez morena como que denuncia que o governador cassado tem desperdiçado nacos de seu tempo livre em banhos de Sol.
Falou por cerca de duas horas ao juiz federal Alexandre Vidigal de Oliveira. Inquiriu-o também a procuradora da República Eliana Rocha. O Ministério Público acusa-o, neste caso, de improbidade administrativa. Quebrou o sigilo, como se sabe, de uma votação que se pretendia secreta.
Em parceria com o cacique pefelê ACM, já morto, tateou a lista de votantes da sessão em que o mandato de Luiz Estevão (PMDB-DF) foi chutado do Senado!
Diante do juiz, Arruda recorreu, veja você, a um argumento à moda Lula: não sabia que a votação era sigilosa. Perdeu o cargo! Não a desfaçatez, como se vê. A certa altura, disse que o verdadeiro crime não foi a violação do painel. Danoso mesmo, disse ele, "é esconder os votos dos representantes eleitos pela população".
Sem partido, perdeu o direito de disputar a eleição de 2010. Mantém, contudo, a malemolência que o permitiu sobreviver ao escândalo inaugural. Na época da fraude, subira à tribuna um par de vezes. Num primeiro discurso, jurara pelos filhos que não tomara parte do malfeito! Vertera lágrimas! Num segundo pronunciamento, quando já era impossível negar o inegável, admitira que apalpara a lista de votação.
Dias depois, para fugir à cassação, renunciaria ao mandato. Era à época um tucano ilustre! Respondia pela liderança do governo FHC.
O tempo passou. Arruda elegeu-se deputado. O mais votado do DF. Depois, virou governador. E voltou a delinquir. No depoimento desta quinta, disse que a lista secreta de votos lhe fora entregue sem que a houvesse solicitado. Procurou-o, segundo disse, a então diretora do setor de informática do Senado, Regina Célia. Entregou-lhe a lista, e pediu que a repassasse a ACM.
Arruda perdeu quase tudo, a filiação partidária, o cargo, o que lhe restava de reputação... Não resta à platéia senão aguardar pela sentença. Neste e nos outros casos que foram pendurados à biografia do ex-senador, ex-deputado e ex-governador!
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