O câncer de próstata tem se tornado cada vez menos assustador aos olhos da medicina. Por se desenvolver mais lentamente do que a maioria dos tipos de câncer, pelas boas chances de cura se detectado em estágio inicial e pela disponibilidade de opções de tratamento em estágios mais avançados, ele está cada vez mais controlável. Embora seja o mais comum entre os homens, respondendo por 35% da incidência total dos cânceres, o mal que atinge a próstata é responsável pelo óbito de apenas 8% a 10% dos pacientes diagnosticados com a doença. Quando surgem nos mais jovens, esses tumores costumam ser mais agressivos, mas a maior parte dos casos (60%) é diagnosticada após os 70 anos.
Mesmo para pacientes com a doença avançada há boas novidades. A primeira é uma vacina que mostrou ser capaz de aumentar a sobrevida de indivíduos em estágios avançados da doença e foi aprovada em abril deste ano pelo FDA, órgão que regula medicamentos nos EUA. Outra medicação experimental, uma terapia à base de hormônios à espera de aprovação, também apresentou bons resultados no tratamento de casos mais graves. Esse prolongamento da expectativa de vida, somado à lentidão característica do desenvolvimento do tumor de próstata, representa um ganho de tempo importante. São meses e anos nos quais novas técnicas e pesquisas surgirão e somarão tempo e qualidade de vida para a maioria dos pacientes, tornando esse tipo de câncer cada vez menos ameaçador.
Uma das novidades no tratamento do câncer de próstata é uma vacina, aprovada nos EUA, que mostrou ser capaz de aumentar a sobrevida de indivíduos em estágios avançados da doença.
É importante deixar claro que nem todos os casos diagnosticados precisam ser tratados com cirurgia ou radioterapia. Pessoas com tumores pouco agressivos, em estágios iniciais, podem manter a mesma qualidade de vida, controlando a doença com exames regulares e biópsias anuais para avaliar a evolução do tumor. A observação vigilante é fundamental, especialmente para pacientes idosos, nos quais o desenvolvimento lento da doença terá pouca repercussão na sobrevida.
Quando a remoção da próstata se faz necessária, a cirurgia robótica tem ajudado a realizar procedimentos com menos sangramento, menor tempo de internação, retorno mais rápido às atividades normais e boa preservação da função sexual após a intervenção. A técnica, disponível no Brasil, já é usada em 80% das remoções de próstata nos Estados Unidos. Os equipamentos mais modernos de radioterapia também têm permitido uma alta taxa de cura.
A atitude preventiva continua sendo a melhor receita para afastar o câncer de próstata. A prevenção, feita por meio da dosagem da proteína PSA no sangue, associada ao toque retal, permite a detecção do tumor ainda em estágio precoce. As consultas devem começar aos 40 anos para homens com maior risco (com pai ou irmão que tenha tido câncer de próstata antes dos 60 anos de idade) e aos 50 para os demais. Prevenir desde cedo é vital, pois, quando os sintomas aparecem, geralmente a doença já está disseminada e sua cura pode ficar comprometida
Extraído de www.eistein.br
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