Há 79 anos atrás, em outubro de 1931, Al Capone foi condenado a 11 anos de prisão e multa de 50 mil dólares por sonegar impostos.
Nascido a 17 de janeiro de 1899, no Brooklyn, em Nova York, filho de imigrantes da Sicília, Alphonse "Al" Capone foi um dos mais famosos chefões da máfia nos Estados Unidos. Cercado de miséria e criminalidade, conheceu cedo a violência e a brutalidade. Uma cicatriz adquirida numa briga com facas valeu-lhe o apelido de "Scarface".
Quando o pai faleceu, em 1920, Al Capone mudou-se para Chicago, atuando então ao lado do poderoso chefe de gangue italiano Johnny Torrio, que explorava o comércio ilegal de bebidas alcoólicas, a prostituição e salões de jogos. Seus grandes inimigos eram os bandos irlandeses do norte da cidade, com os quais os italianos travaram uma verdadeira guerra em meados da década de 20.
Seriamente ferido numa dessas brigas, com o bando de Bugs Moran, Torio se aposentou. Al Capone, já o mais poderoso homem do submundo do crime, jurou vingança. No dia 14 de fevereiro de 1929, assassinos profissionais executaram sete membros importantes do bando de Moran.
A polícia logo desconfiou quem poderia estar por trás dos crimes, mas não tinha provas. Al Capone tinha um álibi para o momento do crime. A Casa Branca resolveu, então, encarregar o chefe do FBI pessoalmente para investigar todos os detalhes dos negócios de Al Capone. Oficialmente, era vendedor de antigüidades. Sabia-se que faturava mais de três milhões de dólares por ano, mas não pagava impostos.
Os investigadores reviraram a contabilidade do gângster para, em 1931, chegarem à conclusão de que Al Capone devia mais de 200 mil dólares ao fisco. Para o que a promotoria pediu 34 anos de prisão. Os advogados de Capone tentaram em vão a redução da pena junto ao juiz James Wilkerson, que não se deixou subornar. Até a tentativa de compra dos jurados falhou, pois o juiz substituiu todo o corpo de jurados na última hora.
A sentença contra "o rei de Chicago", no dia 24 de outubro de 1931, foi de 11 anos de prisão por sonegação de impostos. Dois anos foram cumpridos num presídio em Atlanta, depois ele foi levado à prisão de segurança máxima de Alcatraz, onde os médicos atestaram que tinha sífilis.
Por causa da saúde precária, com hemiparalisia, e de sua boa conduta, foi posto em liberdade em 1937. E morreu dez anos depois, em 1947, em Miami, na Flórida, mas foi enterrado em Chicago.
Na sepultura, as palavras: "Alphonse Capone, 1899-1947, My Jesus Mercy (Misericórdia, meu Jesus)".
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