O que faz ey, ey, Eymael, um democrata-cristão, quando não é candidato a presidente? Eis a pergunta que não quer calar. É um caso curioso.
Exceto por um sorriso de vendedor de tapete e pela voz empostada de locutor de correio elegante, ele parece uma pessoa normal. E no entanto tem um fraco: gosta de candidatar-se a presidente.
É a terceira vez que o faz. A cada uma, o país desperta, entre intrigado e estupefato, para a existência de ey, ey, Eymael. E então se lembra de perguntar: onde este ele nestes últimos quatro anos? O que faz quando não pé candidato? Eymael existe ou é uma criação virtual para tapar buraco no horário eleitoral?
Ora, dirá o leitor, e Rui Costa? E Zé Maria? E Levy Fidelix? Nesses casos há respostas. Nos intervalos entre as eleições, Rui Costa, do Partido da Causa Operária, e Zé Maria, do PSTU (Contra burguês, vote 16), preparam a Grande Revolução Proletária.
Cada um de seu lado, claro, porque os dois comandam clubes puros, um mais puro que o outro, e alguma impureza sempre farejam do outro lado.
Quanto a Levy Fidelix, brinca de aerotrem, com a miniatura que montou num quartinho de sua casa, e do qual é difícil tirá-lo!
RPToledo
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