Taiadablog: Comandante Niltinho: Apyterewa - Os índios brancos !!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Comandante Niltinho: Apyterewa - Os índios brancos !!!

Sem dúvida esta vai ser a mais difícil historia que eu vou contar, sabe por quê? Porque vou falar de Índios, Funai, posseiros, garimpeiros, madeireiros, fazendeiros e vou envolver até um Presidente da República, imaginem, que merda que isso pode dar? E quando você aborda o tema DIREITOS, é difícil não levar "porrada"! Como já venho levando há muito tempo, uma a mais ou uma a menos, não vai me abalar! Já estou calejado!

Aos fatos: Quando cheguei a Tucumã, fui morar de favor na casa de meu amigo de nome Bosquinho, também piloto. Eu estava blefado, sem nenhum tostão furado, tinha perdido mulher, casa, enfim, dois terços que eu tinha, havia ficado para trás!

Bosquinho tinha uma casa cujo muro, que dividia seu terreno com o do vizinho, era simplesmente uma cerca de madeira, sendo impossível ao vizinho não ouvir o que conversávamos, e um dia ele me ouviu dizer que a única razão de estar em Tucumã, seria para tornar-me um fazendeiro e queria adquirir umas terras! Isso deu a ele coragem para, logo no dia seguinte, bater na porta da casa de meu amigo:
“ - Bosco, eu quero conhecer o piloto que está hospedado em sua casa, quero propor a ele um negócio, você pode chamá-lo?
- Sem dúvida, entre, que eu vou apresentá-lo!”

Sobrevoando a área de minha fazenda
E lá vem o Bosco, acompanhado com um sujeito, ansioso, esperto, isto era fácil de ver em sua fisionomia, doidinho para falar comigo, e foi logo no assunto:
“ - Não pude deixar de ouvir sua conversa com o Bosquinho ontem à noite e notei que o senhor quer comprar umas terras, é verdade?
- Comprar mesmo não, pois não tenho dinheiro para isto, no momento.
- Não é necessário, comandante, preciso de uns voos, por sinal uns dez voos, e troco com você: voos por terras, interessa?
-Como que é? perguntei, curioso!
- É isto mesmo, dou-lhe setecentos alqueires em troca de dez vôos!”

Aquela proposta era o que eu queria afinal,  o que vim fazer em Tucumã, se não fosse pelo interesse em adquirir terras?
Aceitei na hora, e nem tive a curiosidade de saber a localização das terras, se era em áreas indígenas ou não, se tinha mogno ou não, eu queria era terra, nada mais! O meu sonho estava prestes a se realizar, irmão! Naquela noite fui dormir como o homem mais feliz da vida.

Quando ele ia saindo da sala, viu uma 44 que eu havia levado e disse:
- Tem mais uma coisa Comandante: só faço negócio com você, se entrar este "brinquedinho"! E apontou para a arma!”
Pensei comigo: é melhor ir os anéis que os dedos e, por isso, dei a arma para ele.

Só mais tarde é que vim saber que as terras que ele estava me oferecendo, localizavam-se na área da pretensão isto é, havia um decreto do presidente Fernando Collor querendo expandir a área dos índios apyterewas de trezentos e sessenta mil hectares mais ou menos para mais de oitocentos mil hectares, tudo isto porque na Eco92 no Rio, uns antropólogos malucos pediram para ele aumentar a área, pois a consideravam muito pequena (na época não passavam de duzentos índios) e seria um grande ato para os congressistas admirarem. E o Presidente Collor, que muito gostava de aparecer, acabou mordendo a isca e assinou o decreto!

Não teve, o Presidente, a mínima preocupação de mandar analisar a situação desta área pretendida, que tinha até fazenda com mil alqueires de pasto formado, com projeto de manejo e tudo,  e isto resultou no maior abacaxi para a Funai e para os brancos. Processos pipocaram para todos os lados! 

Como não houve a homologação da área e a Funai não tinha o domínio, houve a maior invasão já vista em nossa região e eu, de repente, me vejo no meio dessa "boiada"!
O que eu não sabia, era que as madeireiras estavam interessadas em tirar o resto de mogno que alegavam ainda existir, na verdade um cata, pois toda a área já havia sido explorada por mais de quatro vezes, conforme diziam os mais antigos!
O mogno é assim, ele dá em canteiro, os maiores são catados primeiros e os menores eram deixados para o próximo ano!

Certa tarde mandaram chamar-me no escritório da madeireira.
“ - Comandante fiquei sabendo que o senhor possui uma área lá pelas bandas do rio Piranha, é verdade?”
Pensei, lá vem merda!
“ - Sim, tenho!” Respondi temeroso. Fiquei a pensar como é que este sujeito sabia disto, se nem conheço a área e ainda nem a recebi?
“ - É que a empresa vai entrar naquela área para fazer um cata de mogno, e temos interesse em negociar com você!
- Tudo bem, quanto vocês estão pagando?
- Negociamos com os índios brancos da aldeia Apyterewa, vamos dividir uma parte para vocês que estão na área e outra para os índios, (era isto que o Lula deveria ter feito no caso de Roraima).”

Se não me engano, iria receber 50 cruzeiros por metro cúbico, fiz as contas por alto e, irmãos, iria dar uma nota preta naquela época (deu até para fazer o IAM do PT-CZC e outras coisas mais), e eu daria de graça se me pedissem, em troca tão somente da estrada que iriam fazer, de acesso à área!

Sai de lá intrigado, onde já se viu comprar um pedaço de terra que não se sabe nem onde é, um sujeito lhe pede permissão para entrar na área e lhe oferece um bom dinheiro por aquilo que você nem tem certeza que é seu? Isto só acontecia no Pará, e em nenhum lugar deste país. Meu Deus! Que "negócinho" bom, irmão! Daqui eu não saio mais! Pensei comigo!

Nesta brincadeira levei, da minha parte, mais de 20 mil cruzeiros e os índios, outros vinte! No outro ano fiz mais 14 mil cruzeiros, e assim ficamos todos felizes, madeireiros, índios, Funai, prefeito, o estado, o comercio, as raparigas, os pilotos, a policia e os brancos, todos comeram de um bolo chamado mogno, um feliz casamento! Não disse na historia anterior, que quando todos ganham, não tem choradeira e ranger de dentes! É só sorriso!

E a vida continuou. Fazia meus voozinhos, ia à área de vez em quando, porém nunca quis desmatar nada, como nunca fiz até hoje!

Gostava de pescar no Rio Piranha, nunca vi dar tanta corvina como lá! É um "trem doido" andar pelas matas sonhando em ser um Tarzan da vida. Só que o mogno acabou, e com ele a tranqüilidade e a paz se foram e com isto os índios se azedaram para o nosso lado. A Funai, querendo terminar a demarcação da área para poder homologá-la e nós não deixávamos! E, acreditem, só faltavam 1800 metros pois o resto, era divisa natural.

Colonos aguardando a confusão!
E o pau comeu, arrumamos advogados de Brasília e Goiânia, e era  processo para todo lado, sitiantes contra Funai e vice versa! Quando a Funai estava prestes a nos derrubar, conseguíamos recuperar terreno, e esta peleja durou muitos anos, até que, por bobeada dos advogados, a Funai conseguiu fazer os benditos 1800 metros que faltavam e o Lula, sem saber de nada, homologou a área, colocando muita gente no desespero, que ainda hoje lutam para sobreviver, na periferia de algumas capitais da região Norte! Gente que perdeu gado, plantações, casas e demais benfeitorias!

Resumindo: Não é que acabei criando uma associação para defender os interesses dos que estavam na margem esquerda do Rio Piranha? E isto, acabou levando os engraçadinhos da margem direita, a nos hostilizarem!

Aí virei bicho! Não é que conseguimos nos organizar e nossos pleitos passaram a ser ouvidos? Só o que não esperava era saber o quanto isto ia me causar de aborrecimentos afinal, este negocio de liderança é uma merda, você acaba sendo crucificado, morto como aconteceu com Martin Luther King e Kennedy! Até Jesus Cristo foi pro pau, imagine eu?  Também fui, irmão!

Além do processo que levei da Funai, para quem somente existiam quatro pessoas "perigosas" na área indígena, entre elas eu, (e hoje a contagem ainda não acabou e vai passar mais de duas mil famílias), quase fui derrubado, numa sabotagem que fizeram ao colocarem açúcar no motor do PT-CZC e, de outra vez, ainda o seqüestraram!

Esta historia do açúcar merece ser contada, e espero que alguém da Funai que esteve participando conosco desta encrenca na fazenda Pé do Morro, leia e veja como a verdade muitas vezes é distorcida, e inocentes acabam sendo crucificado! Se não me engano era um sábado e meu amigo Ditão, tomando sua cervejinha (já estava para lá de Bagdá) numa boa, quando recebeu via radio a noticia, que os índios da aldeia Apyterewa, junto com membros da Funai, tinham invadido sua fazenda e tomado sua sede.

Os Apyterewas são chamados índios brancos, por razões óbvias, em virtude da cor branca, tendo como diferença apenas os olhos,  oblíquos! São de estatura baixa e muito amigáveis, suas mulheres são as índias mais lindas que eu já vi, e sempre fui muito bem tratado quando pousava em sua aldeia e quando nos encontrávamos na cidade! Eles moravam na beira do rio Xingu, uma maravilha de lugar!

No mesmo instante, Ditão mandou alguém me chamar, só que, naquele momento, estava fazendo um voo para as bandas do Iriri, e não voltaria naquele mesmo dia. E o que me surpreende aqui na Amazônia, é como funciona o serviço de "Informação Informal", a tal de “Rádio Peão” que é aquela que se faz de boca a boca, e quando a notícia tem um caráter de urgência, aí sim, você vê a eficiência, dependendo apenas da solidariedade de cada um, este sistema foi desenvolvido no período em que não existiam outros meios de comunicação mais eficazes!

Eu não sei como mas, o pedido de retorno para Tucumã, recebi quando estava em vôo, por um colega que havia pousado em São Félix para abastecer. O recado era o seguinte: Ditão precisava da minha presença urgente! Esta era a mensagem e, assim sendo,  tratei de retornar na mesma hora, eu tinha certeza que alguma coisa grave havia acontecido! Pousei e fui direto para sua casa, ficando surpreso com tanta gente ao seu redor, e cheguei a pensar até que havia morrido alguém, era assim que acontecia quando o assunto era pretensão!

Ditão com o cacique Apyterewa Cururu !

Ditão foi logo dizendo:
“ - Os índios tomaram a fazenda Pé de morro e temos que ir para lá agora, Niltinho!
- Tudo bem! Quem vai conosco?
- Só eu e este "cabra" aqui, e esta mercadoria!

Rápidamente fomos para o aeroporto, o dia estava acabando, era necessário chegar o quanto mais cedo, afinal a nossa surpresa era grande, que diabo a Funai estaria aprontando, colocando os índios diretamente em confronto com os brancos? Será que imaginavam que íamos "amarelar" só porque havia mais de trinta índios pintados e fortemente armados com suas flechas envenenadas? Só que estavam enganados, poderíamos morrer mais não íamos entregar a "rapadura" fácilmente não!

Foi à invasão mais bem organizada e arbitrária comandada pelos funcionários da Funai, como a aldeia é distante do local, usaram um avião fretado do taxi aéreo do Machadinho de Altamira. O assalto ocorreu na parte da manhã e a tarde já estávamos pousando na pista. O segundo erro da Funai (o primeiro foi ter invadido!), foi o de não ter colocado tambores na pista. 

Descemos do avião, e fomos logo cercados pelos índios! Dei uma olhada ao redor e vi que a situação não era boa, a sede estava invadida, uma antena de rádio denunciava que já existia um  transmissor instalado, e lá encontramos os "irresponsáveis” por aquela ação".

Ditão foi logo perguntando o que significava aquilo.
“ - Viemos demarcar a área, estamos com nossos agrimensores aqui, para iniciar o serviço, e nada vai nos impedir de fazê-lo, senhor Ditão!
- E vocês acham que vai ser fácil assim? Daqui a pouco isto aqui vai estar repleto de colonos e quem é que garante que não vai haver derramamento de sangue? Acho bom vocês retornarem para a aldeia, afinal a área está sub-júdice!” disse calmamente o Ditão.

Afinal tudo aquilo que dizíamos e pedíamos não entrava na "cachola" daqueles doidos, não tinham idéia de nossa capacidade de arregimentação! A notícia já havia se espalhado e o povo começou a chegar de carro, caminhão, a cavalo, de trator e a pé até que, no inicio da noite, tínhamos umas duzentas pessoas reunidas ao redor dos índios.

E engraçado que no inicio, a preocupação seria com nossas vidas, agora eram os índios e a Funai que corriam risco de vida, bastava  um sinal, para que ocorresse uma tragédia pois estávamos em grande vantagem numérica!

Os primeiros a sentirem o drama, após dois dias de muita conversa, foram os agrimensores, afinal eles estavam ali para fazer um serviço topográfico e não para lutar! Trataram pois, de pedir um avião e deram no pé, abandonando a Funai e os índios!

Vocês acreditam que nós nunca sentíamos rancor para com os índios? Muito deles eram nossos amigos desde a retirada de mogno anos atrás, tínhamos comido no mesmo prato e lambido os beiços juntos. Tínhamos a exata consciência que eles eram a parte inocente daquela disputa, pois nem mesmo eles morrem de amores à Funai ! O maior sonho deles, é ver a entidade a um milhão de quilômetros de distancia, para poderem, eles próprios, comandar seu destino!

A nossa preocupação com a segurança dos índios era tanta, que eu e o Ditão dormíamos no meio deles, dentro da casa que era a sede invadida, inclusive como forma de evitar quaisquer possibilidades de nossa própria gente, iniciar quaisquer atos de violência! Agindo assim, estávamos protegendo estes irmãos inocentes e pondo a nossa própria vida em risco! Isto a Funai não sabia e nem queria saber e tinha raiva de quem sabia!

Naquela oportunidade, meu avião estava com a janela de verificação de óleo lubrificante com defeito, quando você abria a trava muitas vezes não voltava e era necessário destravá-la para que a janela ficasse fechada! Assim sendo, se alguém não soubesse como fazer, deixaria a janela aberta e, consequentemente, pistas pois a janela ficaria aberta.

Como não havia área de estacionamento e a pista era rente as casas, eu deixava o avião bem ao lado da casa-sede, para liberar a pista de pouso, onde dormíamos, e minhas preocupações em relação à eventuais sabotagens,sempre despertavam minha atenção! Com aquele movimento de mais de trezentas pessoas em volta da casa, todo tipo de gente, colonos, índios e o pessoal da Funai não deu outra, em uma de minhas vistorias, notei que a janela havia sido mexida, e tive a idéia de verificar o óleo, quando levei um susto:
“ - Ditão, dê uma olhada aqui!” Mostrei a ele a vareta de óleo cheia de um material parecido com terra.

Caramba! Haviam misturado alguma coisa ao óleo, o que faria com que, após a decolagem eu não voaria por muito tempo, pois o motor travaria, e aí mano, seria um sufoco para escapar com vida no meio daquela floresta!

Quem tinha feito aquilo, queria mandar-nos (eu e o Ditão) para o espaço, sem duvida nenhuma, mas ainda não havia sido daquela vez, graças a Deus! Mandei vir um mecânico de Tucumã, retiramos aquele óleo sujo, lavamos o motor, e reabastecemos com novo óleo, e sabe qual foi o veredicto do mecânico? Açúcar, irmãos!

Não posso acusar ninguém, porém desconfio que do cabra que me fotografou, no dia em pedi para que nosso povo se afaste-se para deixar os índios mais tranquilos! Ele queria mesmo era prejudicar-me, sem dúvida!

Esta confusão toda aconteceu nas vésperas do natal e o impasse não acabava, entrando já pelo no quarto dia, obrigando o Ditão a abater uma vaca por dia, para alimentar todo aquele povo, que não arredava pé, em volta dos índios!

A vigilância era dia e noite, até que houve um dia que os índios se irritaram e o Ditão pediu-me que mandasse o povo se afastar e de preferência que voltasse para suas casas! Usei um banco para falar para melhor ser visto e funcionários da Funai aproveitaram e registraram em foto e acusando-me de incitar revolta entre brancos e índios, processando-me perante a justiça! (é uma pena que foto não fala!).

Doce engano, mal sabiam eles, que eu estava protegendo suas próprias vidas. Bastava um sinal para que todos fossem envolvidos em conflito de conseqüências inevitáveis!

A coisa ficou preta para o lado dos funcionários da Funai, que se convenceram de que a empreitada estava perdida, meteram o rabo entre as pernas e trataram de retirar seus generais de avião, abandonando os índios, que só saíram do local, porque os levamos de avião de volta para a aldeia, mais de cinco vôos, além de um só com carne de vaca, para que se alimentassem na aldeia!

Antes, fizemos um jogo futebol de confraternização, com direito a jogo de camisa e chuteiras, que fui comprar em Tucumã. Só gostaria que a Funai providenciasse o pagamento dos vôos que fiz, até hoje não acertados!

Saímos desta vitoriosos! Afinal não foi desta vez que a Funai conseguiu terminar o levantamento da área, e com isto raiva e desprezo por mim e meu amigo só aumentou.

Durante todo o tempo da "peleja", existia um índio mal encarado, que vivia apontando sua fecha para meu lado, penso que ele estava designado para vigiar-me e na hora de "secar o bagaço" seria ele o meu executor! Na hora da despedida, ele aproximou de mim, me encarou, pensei eu, agora ele vai partir para briga, recuei e, qual foi a minha surpresa quando ele falou:
“ - Quer comprar o meu arco e minhas flechas?
Engoli um caroço que estava na minha garganta e respondi.
- Compro sim, quanto você quer por ele?
-Vinte cruzeiros.
-Feito o negocio! O índio deu-me o arco.
Dei-lhe o dinheiro e ele entregou-me o arco e as flechas, afastando-se alguns metros, quando parou e disse baixinho:
“ - Cuidado, as pontas estão todas envenenadas!” E foi embora. Este arco e as flechas estão expostos no hotel Muiraquitã na cidade de Ourilândia do Norte de propriedade da minha amiga Clarice.Imaginem só o estrago que estas flechas poderiam fazer-me?

Quando saiu o ultimo avião com os índios, nos sentimos aliviados, afinal evitamos um derramamento de sangue de grandes proporções, fomos arrumar nossas coisas e tratar de ir festejar o natal com nossas famílias, estávamos cansados e fiquei pensando: Porque tudo aquilo? Será que não existia uma maneira segura de se acabar com as desavenças entre os índios e os brancos, que  perduravam por mais de vinte anos?

Será que a incompetência da Funai, do governo, e dos outros responsáveis  criou este clima de ódio entre brancos e índios que, na verdade são os inocentes e são nossos irmãos? Espero que um dia esta política indigenista da Funai mude para melhor, tanto para os índios como para todos os que ainda estão envolvidos com o problema!

Só que na volta tive que voltar sozinho, Ditão não quis nem pensar em voltar voando comigo. Medo do açúcar? Até hoje não sei ao certo os motivos do seu receio em embarcar comigo!

Comandante Niltinho
é piloto de garimpo









Um comentário:

Unknown disse...

Boa noite Nilton,

Conheci você através do amigo em comum, o "Zé João". Achei muito bacana sua história, e como seu conterrâneo do estado de Sp também moro em Ourilândia.

Abraço
Glauco