Algumas faculdades particulares estão exigindo fiador no contrato da matrícula. A medida ocorre principalmente nas instituições que oferecem cursos de Medicina, já que esses costumam ter as mensalidades mais caras. A exigência, segundo as universidades, é para evitar a inadimplência.
Normalmente, no contrato de matrícula é pedida a assinatura de testemunhas e a indicação de um responsável financeiro quando o calouro é menor de idade. A exigência de fiador é mais comum em programas de financiamento e crédito educativo, já que são processos a longo prazo e que requerem maior garantia.
O UNI-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte) solicita fiador, mas somente para medicina. "É uma forma de defesa da instituição", explica a gerente de cobranças, Tatiane Angelotti. "Se pudéssemos pedir em todos os cursos seria ideal."
O fiador, que tem de comparecer à matrícula, deve ter renda equivalente a três vezes o valor da mensalidade - que é de R$ 3.800 - ou possuir um imóvel no valor total de um semestre. "Quem não consegue fiador deve pagar seis meses à vista." Cerca de 90% dos fiadores são os pais dos alunos.
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Ulyssess Panisset, afirma que a prática é "uma novidade" no mercado. Segundo ele, a lei que fixa cobranças das mensalidades não veta a medida. "Se não tem lei que proíba, então é permitido."
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