Surgiu no Ceará um caso que acomoda o desvio de verbas públicas num ambiente, digamos, peculiar: o banheiro.
O governo cearense possui um programa de construção de sanitários em casas do interior do Estado.
Descobriu-se que parte do dinheiro que deveria financiar as obras escorre pelo esgoto sem que as privadas sejam instaladas nas residências.
Nesta terça (19), as notícias injetam no escândalo um quê de impensável:
Descobriu-se que a mulher, um filho e um assessor do presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) presidiram entidades contratadas para erguer banheiros.
Chama-se Teodorico Menezes o presidente do TCE. A mulher dele é Antonísia Barreto Menezes. Em 2008, Antonísia presidia a Sociedade de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Pacajus.
Recebeu da secretaria das Cidades, pasta do governo do Ceará, R$ 300 mil. A verba destinava-se à instalação de banheiros em 200 casas.
Em visita à cidade de Pacajus, a repórter constatou que o endereço da entidade, anotado no contrato com o governo, não existe.
Ouvidos, moradores e comerciantes do município disseram que jamais ouviram falar da “sociedade” presidida por Antonísia. Tampouco sabiam dos banheiros.
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