Cada um idolatra quem bem entende. Os hindus adoram as vacas. Os funcionários do Dnit reverenciam Pagot.
Mandachuva do Dnit desde Lula, Luiz Antonio Pagot pediu, finalmente, pra sair. Do contrário, seria “saído”.
O afilhado do senador Blairo Maggi (PR-MT) tornou-se o 17o pescoço a ser passado na lâmina da guilhotina que se instalou nos transportes há 23 dias. Antes de entregar o pedido de demissão, Pagot convocou uma reunião com servidores do Dnit. A pretexto de se despedir, fez um concorrido comício.
A coisa se passou no auditório da repartição. Tem algo como 500 assentos. Muita gente teve de ficar em pé. Em timbre inflamado, Pagot disse que o Dnit não é a “casa da corrupção”. Ao contrário, “é o órgão que mais trabalha, responsável pela maior execução do PAC na Esplanada. Se tinha irregularidades”, ele concedeu, “era um número muito pequeno diante do volume de obras executadas.”
Não podendo alvejar Dilma Rousseff, mirou abaixo dela: “Não concordo com o ministro Jorge Hage [CGU], que disse que o Dnit tem o DNA da corrupção…”
“…Essa é uma casa de muito trabalho. Tem coisa que não sai no jornal. Antes havia locais em que se gastavam oito horas para se chegar a um hospital…”
“…Hoje se chega em uma hora. E isso não é fruto do trabalho de um diretor, mas de todos vocês.”
Pagot foi aplaudido de pé. Uma evidência de que falta a parte dos brasileiros a sabedoria dos hindus.
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