Chegam hoje a Mina, perto de Meca na Arábia Saudita, centenas de milhares de fiéis, no primeiro dia da peregrinação do Hajj, que todo muçulmano deve fazer ao menos uma vez na vida, se puder. Estimativas mais otimistas falam na presença de 2,5 milhões de fiéis, mas as autoridades informam que 1,7 milhão de muçulmanos receberam o visto do Hajj, mais os 200 mil da Arábia Saudita e da região do Golfo autorizados a cumprir este ritual.
Depois de Mina, os fiéis vestidos de branco vão se concentrar amanhã no Monte Arafat, na véspera da festa do sacrifício ou Aid al Adha. E em seguida voltarão a Mina para celebrar durante três dias o ritual de apedrejamento das estrelas, que representam Satã.
O Hajj é considerado um dos cinco pilares do islã. Os outros quatro são a profissão de fé, a oração cinco vezes ao dia, o jejum durante o ramadã e a oferta da esmola.
A maior peregrinação do mundo ocorre a partir do 8 º ao 12 º dia do Dhu al-Hijjah, o 12 º e último mês do calendário islâmico. Como ele é lunar, onze dias mais curto que o calendário gregoriano do mundo ocidental, sua data muda de ano para ano.
O Hajj é associado à vida do profeta islâmico Maomé no Século 7. Entretanto, as peregrinações a Meca remontam ao tempo de Abraão (Ibrahim). Os peregrinos realizam uma série de rituais, entre eles o de cada um caminhar sete vezes em sentido anti-horário em volta da Caaba (enorme, mas apenas um ponto negro, na foto acima), a contrução em forma de cubo que indica a direção da oração muçulmana. Correm entre as colinas de Al-Safa e Al Marua e vão para a planície do Monte Arafat em vigília e a realizar o apedrejemento de Satanás.
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