Sob grande expectativa, Luiz Antonio Pagot foi à boca do palco no Senado. A platéia esperava por um touro furioso. Mas a montanha, como se diz, pariu um rato. Ou, por outra, veio à luz um hamster. Manso. Domesticado. Inofensivo.
Em privado, o ex-mandachuva do Dnit insinuara aos colegas de PR que jogaria PT no ventilador. Preferiu não fazer aos outros aquilo que acha que fizeram com ele. Parece confiar que, em Brasília, nada é tão definitivo que não possa ser desfeito. Pagot preservou o governo. Elogiou o ministro Paulo Bernardo (ex-Planejamento, hoje Comunicações), enalteceu Dilma Rousseff.
Negou com veemência a cobrança de propinas no Dnit. Refutou a tese de que o PR apropriou-se de nacos do orçamento público.
Quem assistiu ficou com um criatório de pulgas atrás da orelha. Se tudo vai bem, porque caíram o ministro Alfredo Nascimento e o staff dele?
Ficou entendido: se não está todo mundo meio doido, a plateia está inteiramente maluca. Pagot, a propósito, está em pleno gozo de férias. Disse que o repouso estava programado há tempos.
Vai voltar? “Depende da presidente Dilma”. Se fosse justa, Dilma deveria confirmar Pagot no cargo e requerer ao Vaticano sua canonização.
Antes, porém, gostaria de saber quem foi que o colocou de férias no meio deste tiroteio?
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