Mário Jorge Zagallo formava com Carlos Alberto Parreira a comissão técnica da Seleção na Copa de 1994, nos Estados Unidos. Ele era a parte que gostava de atacar, Parreira a de defender. Os amantes do bom futebol sabem muito bem que aquele foi um mundial em que nenhum time brilhou intensamente. Nem o nosso!
Embora tenha saído de lá com o título de tetra. Jogo amarrado, sem grandes jogadas, esquema defensivo, poucos gols. Não fossem os lampejos de Romário e Bebeto, não teríamos levantado a taça. Dunga era o capitão da equipe e, mais que isso, representava o espírito de priorizar o jogo antes do meio campo, seguindo a orientação do professor Parreira.
No jogo final, contra Itália, Baggio teve o azar de chutar o pênalti decisivo longe do gol de Taffarel.
No jogo final, contra Itália, Baggio teve o azar de chutar o pênalti decisivo longe do gol de Taffarel.
Para “entrar” no jogo, você tem que ouvi-lo, além de vê-lo, é claro. Unindo os dois sentidos, tem-se maior condição de dominar o andamento da partida, por mais que os lances sejam imprevisíveis. Incrível, mas mesmo com estádio cheio de torcedores gritando e fanfarras tocando, você percebe se é chute ou passe. Para mim é inesquecível o duplo barulho da bola tocando a trave e depois a rede no pênalti que Romário cobrou contra o goleiro Pagliuca.
Ao final do jogo, com o Brasil campeão, os jogadores lançavam Zagallo para cima, enquanto Parreira aplaudia o gesto. Era a vitória do ataque sobre a defesa!
Um comentário:
E em 1998, era um time de ataque?
Jogaram pra cima porque o velho era tetra.
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