Quem quiser estudar a fundo o desenvolvimento e o subdesenvolvimento do Brasil terá que mergulhar nas obras de Celso Furtado. Ele transformou o que pensava sobre economia e capitalismo em mais de 30 livros e debateu o tema enquanto viveu.
Considerado um dos maiores conhecedores dos problemas do país, Furtado nasceu em Pombal, no interior da Paraíba, em 1920, e morreu aos 84 anos no Rio de Janeiro. Aos 24, formado em Direito e Sociologia, vestiu a farda do Exército brasileiro. Foi lutar na Itália como soldado na Segunda Guerra Mundial.
Depois, em Paris, fez o curso de Doutor em Economia da Sorbonne. Em Santiago, integrou a cúpula da CEPAL, órgão das Nações Unidas voltado para as questões da América Latina. Nos anos 50, trabalhou no célebre Plano de Metas do presidente Juscelino Kubitschek e deu essencial contribuição para a criação da SUDENE.
Era ministro do Planejamento de João Goulart quando os militares tomaram o poder. Só pode retornar ao Brasil depois de 1979, com a Lei da Anistia. Filiou-se ao PMDB e tomou parte do grupo que estruturava o governo Tancredo Neves. Com a morte de Tancredo, José Sarney o convidou para o Ministério da Cultura. Em 1897, vestiu o fardão da Academia Brasileira de Letras. Tinha o perfil de especialista em contrastes sociais.
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