A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realiza neste sábado (17), a colação de grau de 204 indígenas de municípios da região do Alto Solimões, no interior do Amazonas, que participaram de cursos de nível superior na Aldeia Filadélfia em Benjamim Constant.
Os formandos concluíram cursos de Antropologia, Artes, Biologia, Educação Física, Letras e Matemática no município de Tabatinga (distante 1106 Km de Manaus).
Os novos bacharéis são das etnias ticuna, cocama, cambeba e caixana e moradores dos municípios de Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Atalaia do Norte e Benjamim Constant.
De acordo com a assessoria de imprensa da UEA, a turma é a maior em número de graduandos indígenas em uma única cerimônia de seis cursos superiores promovidos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Donde concluímos que já não se fazem índios como antigamente! No início de minhas andanças pela Amazônia, por volta de 1970, já havia percebido que os silvícolas estavam se reunindo, se organizando, buscando na união, a força que hoje dispõem em relação à sociedade organizada!
Em 1989, isto ficou bem claro, com o 1º Encontro dos Povos Indígenas, que se realizou em Altamira, já mostrando à população, um outro tipo de índio brasileiro, dono de avião, relógio de ouro, filmadoras e outros objetos atípicos, os quais, no entanto, já sinalizavam o advento de mudanças sensíveis no esteriótipo e no comportamento social dos indígenas!
Antevendo possíveis conflitos étnicos, decorrentes da inpunidade dos ilustres silvícolas, resta-nos esperar que políticos e autoridades governamentais, encontrem, definitivamente, uma alocação dos níveis de responsabilidade civel e criminal, que regulem a participação dos silvícolas na sociedade organizada, em sua plenitude legal, não é mesmo?
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