Depois da tempestade de Jirau, vem aí a cobrança: o canteiro da obra da hidrelétrica será redimensionado, e ocorrerão muitas demissões!
O corte de cabeças foi esboçado em reunião promovida pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Nesta quinta (14), estiveram com o ministro, no Planalto, representantes das empresas e de centrais sindicais.
Lero vai, lero vem decidiu-se refazer o cronograma da obra. Por quê? Alega-se que há lenha demais na fornalha.
Pelo plano original, a primeira turbina de Jirau, plantada no rio Madeira, em Rondônia, seria acionada em janeiro de 2013.
Liderado pela Camargo Corrêa, o consórcio que toca a obra decidiu antecipar a entrega do empreendimento para março de 2012.
E daí? Bem, diz-se que, para assegurar o ritmo de toque de caixa, a empresa teria contratado gente demais.
Hoje, há na obra de Jirau algo como 22 mil operários, incluindo os terceirizados. Com a remodelagem do cronograma, muitos vão ao olho da rua.
Quantos serão demitidos? Por ora, faz-se mistério. Alega-se que, antes, é preciso definir o novo cronograma.
Ironicamente, coube ao ministro Carlos Lupi (Trabalho) informar que uma parte do quadro da usina será mandada ao olho da rua. Segundo ele, o contingente de trabalhadores, por exagerado, “fica sem controle”.
"Esperamos que todas essas possíveis demissões sejam feitas através de possíveis acordo com sindicatos para a gente ter controle desse processo", disse Lupi.
O representante da CUT na reunião, Luiz Carlos de Queiroz, também deu de barato que haverá demissões. Preocupa-se agora com o método: "A nossa preocupação é com demissões em massa em uma região que já vive um clima tenso".
Iniciada na última segunda (11), a retomada da obra de Jirau ocorre gradativamente. Voltaram a suar a camisa cerca de 9 mil operários.
Considerando-se o resultado da reunião desta quinta, muitos dos que permanecem em casa devem ser convidados a não retornar.
Acho bom estas "otoridades" tomarem muido cuidado com estas providências salvadoras de última hora pois, pelo que conheço da região, na undécima hora, aparecerá uma liderança dos trabalhadores, que colocará Jirau, e também outras obras governamentais da região, em pé de guerra!
Se o ministro acha que se contratou demais, alguém tem que ser responsabilizado afinal, trata-se de dinheiro público!
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