Depois de insuflar no PT o ânimo que levou o partido a aderir à CPI
do Cachoeira, Lula, com os olhos injetados de vingança, opera para direcionar a ação do petismo na
investigação iniciada nesta semana. Sua principal obsessão é a de
converter a ‘Veja’ em alvo.
Lula cobra de congressistas e dirigentes do PT que levem a revista à
alça de mira. Declara-se convencido de que a publicação associou-se ao
aparato de espionagem de Carlinhos Cachoeira para produzir reportagens
contra o governo dele.
Cita, entre outras passagens, a filmagem que pilhou um funcionário
dos Correios recebendo propina e levou Roberto Jefferson (PTB-RJ) a
denunciar a existência do mensalão, cujo processo o STF está prestes a
julgar.
Lula
também menciona o grampo que captou conversa do senador Demóstenes
Torres com o ministro Gilmar Mendes, do STF. Atribuída à Abin, a escuta
clandestina forçou-o a afastar da direção da agência de inteligência o
delegado federal Paulo Lacerda.
O diálogo veio à luz apenas em versão impressa. Demóstenes e Gilmar
confirmaram o conteúdo. Mas o áudio jamais apareceu. Agora, Lula instila
a suspeita de que é “a turma do Cachoeira” que está por trás da trama,
não a Abin.
Nesta semana, Lula discutiu o assunto em reuniões com pelo menos duas
lideranças do PT. Falou de ‘Veja’ como uma ideia fixa. Mesmo sem dispor
de provas, disse não “engolir” a versão segundo a qual a revista
serviu-se de Cachoeira e seus espiões apenas como fontes de informações.
Na versão do ex-soberano, ‘Veja’ teria ultrapassado as fronteiras da
ética jornalística, ajudando a preparar as ações de espionagem. Uma
versão que a revista já negou e que os grampos da Operação Monte Carlo
veiculados até aqui desautorizaram.
Um comentário:
Esta situação do Lulla é a mesma da historia que diz que o marido pegou a mulher o traindo no sofá de sua casa e tomou, de imediato uma decisão: vendeu o sofá. Não tem que processar a Veja, têm que ter vergonha na cara e parar de roubar o povo brasileiro.
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