O cenário “pré-diluviano” da região serrana do Rio empurra o governo federal para uma fase de “pós-pós-modernidade”. Promete-se agora a implantação de um sistema integrado para prevenção de desastres naturais.
A única coisa que não será “pós” no novo modelo são os mortos de 2011. No Rio, eles já são contados em 653. Só os muito otimistas crêem no “pós-morte”.
No mais, a coisa toda será “pós-apocalíptica”. Um “supercomputador” vai monitorar as áreas de risco. Serão providenciados novos pluviômetros e radares. A eles se somarão os satélites geridos pela Aeronáutica.
Coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o sistema anti-catástrofe será baseado em Brasília. E terá ramificações nas cinco regiões do país.
A novidade foi anunciada nesta segunda (17), após reunião de Dilma Rousseff com os ministros envolvidos.
A “pós-pós-modernidade” que regulará as catátrofes não chegará amanhã. Virá no lombo de um processo. Coisa para quatro anos.
Considerando-se o descaso secular, não faz muita diferença. O próprio governo estima que há 5 milhões de brasileiros em “áreas de risco”.
Nessas localidades, os relógios não têm ponteiros. Eles têm espadas. Ali, o tempo não passa. Já passou!
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