Um episódio ainda não revelado e movido a tensão de ambos os lados mexe com os brios do governo federal e da FIFA. Há 15 dias o presidente da entidade, Joseph Blatter, mandou carta em tom ameaçador à presidenta Dilma Rousseff.
Em outras palavras, disse que se o país não acelerasse as obras dos estádios e não enviasse a Lei Geral da Copa para o Congresso, a FIFA não terá outra alternativa a não ser cancelar o evento até ano que vem, prazo estipulado em acordo com o Brasil, e anunciar a Copa em outro país.
A Casa Civil deu celeridade, então, ao envio do projeto, mas aí a situação desandou de vez. Os advogados da FIFA no Brasil não gostaram do que leram. Eles esperavam outro projeto, já acordado com o governo. Entre pontos polêmicos está a venda de meia-entrada para idosos, o que a FIFA veta e vetou em eventos anteriores.
Não há objetividade também sobre as regras para comércio e publicidade em torno dos estádios. A FIFA tem exclusividade sobre esses termos, principalmente com a venda de uma cerveja estrangeira que é parceira da entidade, mas o governo não deixou claro se a cervejeira da FIFA terá exclusividade nos acessos aos estádios.
Nos corredores da FIFA, há quem diga que Estados Unidos e Alemanha, que sediaram Copas recentes, estão sob alerta.
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