Cenário visto de um barranco à beira da Estrada de Ferro de Carajás, entre as cidadezinhas de Bom Jesus das Salvas e Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão, em 1985.
Casebres feitos com tijolo cru, cobertos com telhas de barro, crianças empinando pipas, varais com roupas estendidas e triviais palmeiras que completam a atmosfera de simplicidade. Visual recorrente e singelo, mas que inspira poetas em versos e canções. São “fotografias” do interior brasileiro.
Algumas vezes a gente fotografa e depois ouve o costumeiro comentário de que elas se parecem com um determinado quadro, uma pintura, uma gravura. É somente uma casualidade visual.
Algumas vezes a gente fotografa e depois ouve o costumeiro comentário de que elas se parecem com um determinado quadro, uma pintura, uma gravura. É somente uma casualidade visual.
Mas essa situação não se podia deixa de registrar: um “quadro” que deslizava pela janela do vagão do trem do qual eu era passageiro indo do Sul do Pará à capital do Maranhão.
Foi durante mais uma das caravanas políticas que percorriam o Norte-Nordeste, para inaugurar um trecho da ferrovia que possibilitaria o transporte de minério da Serra dos Carajás até o Porto de Itaqui, em São Luiz.
A imagem parecia com um sucesso musical. Não tive a menor dúvida em fazer um clic que remete à terna música “Gente Humilde”, com a bela melodia de Garoto e letra de Chico Buarque e Vinicius de Moraes. - “... quando eu passo no subúrbio, eu muito bem, vindo de trem de algum lugar ... são casas simples com cadeiras na calçada.
E na fachada escrito em cima que é um lar, pela varanda, flores tristes, como a alegria que não tem onde encostar...
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