Uma equipe de biologistas celulares está sugerindo que o vinho tinto pode ajudar a reverter alguns dos sintomas de declínio cognitivo em diabéticos.
Publicado no American Journal of Physiology, o estudo, de cientistas da Louisiana State University e a University of Nebraska Medical Center, informou que ratos diabéticos consumiram resveratrol, um componente do vinho tinto, e tiveram funções cerebrais restauradas.
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O resveratrol, um composto polifenólico que é abundante no vinho tinto, tem sido relacionado com a redução de riscos de diabetes, doenças cardíacas e certos cânceres, tal como diversos outros benefícios à saúde.
Os ratos da pesquisa consumiram 10 mg de resveratrol por dia, e os autores do estudo disseram que, baseado no sucesso da pesquisa, mesmo uma menor quantidade será efetiva.
O risco de um derrame ou outros distúrbios cerebrais é maior em diabéticos, independente do tipo. Resveratrol é conhecido por agir como um antiinflamatório e antioxidante, afirma o estudo, o qual é associado com uma circulação melhor e baixo risco de declínio cognitivo.
Contudo, nenhuma pesquisa explorou ainda se esse composto pode potencialmente reduzir os riscos associados com diabetes por meio da sua capacidade de regular o fluxo sanguíneo cerebral.
Para testa essa possível relação, os pesquisadores separaram os ratos em quatro grupos. Induziram diabetes em dois grupos, dos quais um recebeu doses diárias de resveratrol. Para servir como ponto de comparação, os dois outros grupos permaneceram saudáveis, e um recebia o composto.
Depois de semanas testando a circulação dos ratos, antes e depois de introduzir o resveratrol, os miolos foram colhidos e examinados. O tecido cerebral em ratos diabéticos tratados com a substância mostrou que alguns dos danos cerebrais associados com diabetes foram revertidos após a exposição desse composto presente no vinho tinto.
"Nós especulamos que o resveratrol pode ser um tratamento terapêutico em potencial para prevenir uma disfunção cerebrovascular durante a diabetes", afirma o estudo, concluindo que há três novas descobertas na pesquisa.
A primeira é que o resveratrol parece relaxar as artérias do cérebro. No caso de ratos com diabetes, sem o composto, os vasos sanguíneos eram comparativamente mais restritos.
Além disso, os níveis de oxigênio normalizaram nos ratos com a doença que consumiram o resveratrol, reforçando a afirmação que esse composto funciona tanto como antiinflamatório como antioxidante.
A terceira conclusão foi que o "resveratrol pode diminuir modestamente a concentração de glucose no sangue, menos que 5 a 10 por cento [em ratos diabéticos]", disse Mayhan. "O mecanismo não é conhecido. Nós vemos um pequeno decréscimo nessa concentração, mas não o suficiente para atribuir aos efeitos do resveratrol".
No entanto, ao controlar níveis pesados de oxigênio e manter o fluxo sanguíneo no cérebro, o composto pode ajudar a controlar fatores de estresse que levam a derrames em diabéticos, especula o estudo.
Pode haver diversos outros efeitos que o resveratrol possa gerar e que não foram descobertos pelos cientistas.
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