Pessoas que lutam contra a corrupção foram ouvidas por esta Coluna nesta quarta (31) sobre a decisão da maioria dos deputados de manter o mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), após ela ter sido flagrada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM do Distrito Federal, Durval Barbosa.
Para o juiz Marlon Reis (foto), um dos idealizadores do Ficha Limpa, “foi justamente esse tipo de postura do parlamento que levou a sociedade a se unir para aprovar a Lei da Ficha Limpa”.
Ele afirma que a decisão afeta a “própria auto estima da nação”. “É lamentável, o Congresso está se superando, e ninguém quer um Congresso fraco, mas o Congresso está trabalhando contra si mesmo”.
O juiz lembrou também, que Jaqueline foi eleita com esse dinheiro que recebeu. “E isso não ofendeu o decoro parlamentar, a percepção do ilícito na mente da maioria dos deputados está distorcida, são valores que nos autorizam a concluir que fizeram isso não em defesa dos atos dela, mas dos seus próprios”, concluiu.
Já Leiliane Rebouças, do Movimento Reaja Brasília Contra a Corrupção, lembrou que antes de ter sido descoberta recebendo dinheiro, Jaqueline afirmava que pessoas que faziam isso não poderiam representar o povo e deveriam ser punidas, e indagou: “Então o que é isso?
Faça o que digo e não o que faço?”. Para ela, a Câmara perdeu uma ótima oportunidade de resgatar a imagem já desgastada. “Tenho vergonha do parlamento brasileiro.
Se os cidadãos desse pais tivessem brio, teriam ido para as ruas e se manifestado na Câmara Federal. Em países decentes o povo vai para as ruas”, disse!
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