Intimados pelo relator Joaquim Barbosa, oito dos 38 réus do mensalão já protocolaram no STF suas “alegações finais”.
Entre os que se manifestaram estão os publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes.
Falaram por meio dos advogados Tales Castelo Branco e Frederico Crissiúma de Figueiredo. A certa altura, a peça de defesa anota: “Aos acusados sempre pareceu que os valores recebidos por seu lícito trabalho eram oriundos, na pior das hipóteses, de infração prevista na legislação eleitoral (caixa dois mantido no Brasil e no exterior)…” “…Afinal, a relação dos acusados com o PT já vinha desde 2001 e todos os pagamentos sempre foram autorizados e aprovados por Delúbio Soares, diretor tesoureiro do partido.”
Em verdade, a alegação de “caixa dois” não é a “pior”, mas a “melhor” e mais conveniente hipótese. Considerando-se o teor do processo, parte das valerianas recebidas pela dupla de marqueteiros e pela penca de mensaleiros tem origem no caixa um do Estado.
Duda e Zilmar alegam que não tinham conhecimento prévio da origem ilícita das verbas que lhes chegavam. Hummm!
Considerado um dos mais espertos magos da publicidade eleitoral, Duda quer convencer o Supremo de que, em matéria de grana, não passa de um tolo, uma espécie de sub-Delúbio.
Deveriam ter sua condenação rápidamente decidida, até mesmo em função de desafiar a inteligência da corte, com mentiras deslavadas e textos pré-decorados como "eu não sabia", "posso ter recebido..." ou ainda "não me lembro de ter estado na casa do..."
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