Envelheci !
O viço da alma que se mantém intacto
não encontra parceria no corpo cansado.
As melodias da minha vida se transformaram.
As canções dos Beatles...
My girl envelheceu comigo,
Yesterday se fez mais longe,
Lennon e Harrison se foram.
Hoje, Piazzola me dá o tom,
Anos de solitude,
canções da soturnidade,
Jacques Brel,
Ne me quite pas.
O viço da alma que se mantém intacto
não encontra parceria no corpo cansado.
As melodias da minha vida se transformaram.
As canções dos Beatles...
My girl envelheceu comigo,
Yesterday se fez mais longe,
Lennon e Harrison se foram.
Hoje, Piazzola me dá o tom,
Anos de solitude,
canções da soturnidade,
Jacques Brel,
Ne me quite pas.
E tenho que seguir em frente
sabendo que me restará,
ao final de tudo,
o fim do nada mais.
Por isso, danço minha dança triste,
um tango lunfardo que me restou.
Bailo com jovens imagens
congeladas no pensamento,
mas perdidas no horizonte
que não descortino mais.
A alma faz-me sentir o viço da juventude,
o corpo me diz que não;
sinto-me chama a lutar contra o vento,
temendo apagar;
revejo meus fantasmas,
meus temores, minhas perdas,
a aceitação do que tive,
a falta de atrevimento
para ter o que sonhava.
Do que fiz não me lamento
pois, vivi bem vivida
a vida que escolhi viver;
a reclamar, somente
o que não arrisquei fazer.
E sigo nesta dança triste,
no tango lunfardo que me restou,
até o último som calar
e a derradeira luz se apagar.
sabendo que me restará,
ao final de tudo,
o fim do nada mais.
Por isso, danço minha dança triste,
um tango lunfardo que me restou.
Bailo com jovens imagens
congeladas no pensamento,
mas perdidas no horizonte
que não descortino mais.
A alma faz-me sentir o viço da juventude,
o corpo me diz que não;
sinto-me chama a lutar contra o vento,
temendo apagar;
revejo meus fantasmas,
meus temores, minhas perdas,
a aceitação do que tive,
a falta de atrevimento
para ter o que sonhava.
Do que fiz não me lamento
pois, vivi bem vivida
a vida que escolhi viver;
a reclamar, somente
o que não arrisquei fazer.
E sigo nesta dança triste,
no tango lunfardo que me restou,
até o último som calar
e a derradeira luz se apagar.
Carlo Celso Lencioni Zanetti
é membro da Academia Caçapavense de Letras
7 comentários:
JC que bom reencontrar o Carlo Celso Zanetti neste blog, prestiginado o trabalho que você está fazendo com a Academia Caçapavense de Letras. Uma poesia que nos remete aos bons tempos e nos faz refletir sobre a caminhada da vida. Parabéns ao Acadêmico Zanetti e ao Taiadablog
JC tenho acompanhado o trabalho de parceria deste blog com a Academia de Letras e fico muito feliz em rever aqui meu amigo de longa data Carlo Celso Zanetti, que há muito não vejo. Obrigado pelo trabalho e a possibilidade deste reencontro. Ao Zanetti parabéns pelo encantador poema.
Parabéns Carlo Zanetti, apareça !
Muito interessante este trabalho com a Academia, pois assim ela está mostrando a que fim veio. Parabéns a Dona Lourdes, a incansável, a imbatível Presidente. Muito bom os versos do Zanetti a quem não conheço mas que soube ter sido vice prefeito de Caçapava,
JC belíssima iniciativa e, para ser sincero, não podia esperar coisa melhor que isto. Este blog realmente acerta na veia!
Parabéns a voce JC e ao acadêmico Carlo Zanetti pelo acerto do poema!
Antonio José Freitas, Salvador, Bahia.
Ja posso ouvir, Piazzola, iniciando o tango lunfardo, e você todo atrevido, remoçado e bem vivido, ensaiando os primeiros passos. Pare o tempo, dance a vida, abrace os sonhos, mude a letra da música se for preciso, mas dance, dance seu tango lunfardo, e o resto, Imagine e esqueça.
com todo carinho cleopatra .....
Parabéns a todos os envolvidos neste projeto. Ao Carlo Zanetti um abraço de boas lembranças.
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