Pirapora, Minas Gerais, 1987. Capitão do lendário vapor “Benjamin Guimarães”
faz pose no comando do mais famoso navio-gaiola do Rio São Francisco.
A foto mostra razoável quantidade de referências sobre o tema: o tripulante, a casa de máquinas e a maquete do navio. Desde que foram trazidos dos Estados Unidos para Brasil, por volta de 1870, até serem desativados há cerca de duas décadas, as embarcações movidas a vapor tiveram papel importante na região do Rio São Francisco.
Transportavam a produção dos pequenos agricultores ribeirinhos e passageiros, atracando nas cidades situadas entre Pirapora até a foz do Atlântico mas, com o progresso do país, a partir de 1960, a construção de rodovias e o funcionamento de linhas aéreas, foram aos poucos sendo substituídos pelos automóveis e os aviões!
Hoje reformados, alguns “gaiolas” voltaram à ativa. Porém, não percorrem mais os 1.370 quilômetros de antes. Agora levam turistas para um passeio de quatro horas pelas cercanias de Pirapora.
Mesmo no trajeto tão curto, dá para perceber a poluição provocada pelas as indústrias instaladas nas duas margens do rio, mas também faz relembrar os tempos em que o “Benjamin Guimarães” encantava a todos quando passava girando as rodas de propulsão movidas por caldeira de lenha.
O Benjamin é um dos 30 vapores que compunham a frota do São Francisco. Chegou a navegar no Mississipi e na Amazônia. Mas sua história está mesmo é nas águas do Velho Chico!
Um comentário:
Meu amigo jc, ainda vou procurar uma foto minha e do Milton num destes navios, nós usamos muito este transporte quando meu pai veio morar nas barrancas do Rio Parana no Estado de São Paulo, de fato representou por muitos anos o unico meio de transportes para aqueles "bandeirantes" que se aventuram pelas "entranhas" do nosso Brasil. isto foi por volta de 1944.Dai a minha paixão pela Amazonia.
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