O surpreendente Tucker Torpedo!!!

 Motor de helicóptero convertido, todo em alumínio!

A pintura fez este motor parecer diferente daquele que está em Bebedouro!

 Painel simples e funcional! Poucos mas precisos instrumentos!

A alavanca de câmbio, é o pequeno botão à direita do volante!

Quanto aos recursos de segurança, o farol central, o traço acolchoado, cintos de segurança,  para-brisas laminado, e muitos outros, como:

Ao contrário dos carros daquela época, ou a maioria dos carros fabricados hoje, Tucker usou uma estrutura monobloco que foi soldada a um quadro de automóvel (no sentido de eliminar chocalhos do corpo), dando assim a proteção de uma gaiola de segurança.

Além disso, a moldura do veículo tinha a forma de proa de navio na parte da frente e atrás. A razão para isso foi que a pesquisa feita pela engenharia da Tucker, revelou que a maioria das colisões tende a ocorrer em ângulos. A forma de proa da dianteira, teria a função de desviar o outro veículo para longe do Tucker, em casos de colisões frontais! 

Havia também anteparas de aço na parte da frente e atrás do compartimento de passageiros, para proteger ainda mais os passageiros. A aerodinâmica do carro era formidável, a ponto de não ser preciso usar os limpadores de para-brisas acima de 50 MPH. Os para-choques foram montados sobre molas para absorver o choque em acidentes, e por causa do equilíbrio de peso fornecido pelo motor traseiro, a frenagem do veículo era uniforme e equilibrada, fazendo o carro abaixar por inteiro, ao invés da dianteira se lançar para baixo!

Os aros também foram concebidos de modo que se um dos pneus estivesse com baixa pressão, o carro não poderia puxar dramaticamente para esse lado. Com o uso de rolamentos, a extremidade dianteira do carro era "leve" o suficiente, não sendo necessária a direção hidráulica!

O volante foi projetado para dissipar o impacto do corpo do motorista em acidentes e a coluna de direção era um projeto diferenciado, destinado a não machucar o condutor em caso de acidentes!

Infelizmente, poucos veículos Tucker foram produzidos, inexistindo dados estatísticos fiéis, que comprovem que os recursos de segurança ali aplicados, de fato, protegeriam seus ocupantes em caso de acidentes.

É sabido, apenas, que um dos veículos Tucker, capotou na pista de testes da empresa, com velocidade em torno de 120 km/h, sendo que seu piloto escapou apenas com ferimentos leves no cotovelo esquerdo.

Agora é lugar comum as montadoras fazerem testes de colisão reais e virtuais (sendo que nestes últimos citados, já foi descoberto que apresentam os melhores resultados!)

Por ter um projeto totalmente inovador e que poderia abalar as montadoras norte-americanas, afirma-se que as grandes montadoras da época, juntamente com o próprio governo norte-americano, fizeram uma grande conspiração contra Preston Tucker com um marketing negativo agressivo e expansivo de ataque ao industrial com calúnias, processos e fraudes em seus projetos e balanços que colocaram Tucker como um dos maiores fraudadores do país, como se tivesse enganado acionistas e concessionários, sendo comparado até mesmo a Al Capone!

Tentaram condenar Tucker com uma pena que poderia variar de 20 a 155 anos de prisão. Mas, com muita habilidade conseguiu mostrar como o país estava lhe sendo injusto e, com isto, Preston Tucker conseguiu ser absolvido do processo. Mesmo assim, sua fábrica já havia sido fechada pelo poder norte-americano e o carro já havia conquistado fama de fraude, o que culminou no fim do seu sonho nos Estados Unidos, em 1949.

Apenas 51 unidades do Tucker Torpedo chegaram a ser construídas. 49 veículos encontram-se em território americano, um no Japão e um no Brasil, em Caçapava, SP, onde faz parte do Museu Roberto Lee!

Este é o Tucker Torpedo 48, que se encontra no acervo Roberto Lee da Prefeitura Municipal de Caçapava, SP. Este veículo, bem como os demais pertencentes ao acervo, por questões ligadas à disputas familiares, foram abandonados em um galpão por quase 40 anos, onde sofreram a ação das intempéries do tempo, umidade elevada, desabamento de teto, dejetos de morcegos, e a ação de bandidos e negociadores de peças e partes de carroçeria! No início de 2011, o acervo sobrevivente foi doado à municipalidade, que resgatou os veículos, depositando-os em galpão seguro junto ao Centro Cultural da cidade, onde permanecem!

Ao lado, um de seus principais admiradores, jcflores, que muito tem trabalhado no sentido de resgatar a imagem do Museu Roberto Lee de Caçapava!