A BR-471, rodovia que liga a cidade de Pelotas ao Arroio Chuí, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, é um modelo da convivência entre progresso e preservação ecológica.
Os últimos dezesseis quilômetros de sua extensão cruzam o Banhado do Taim, um dos ecossistemas mais frágeis do Brasil e ao mesmo tempo mais preservados das Américas.
Construída nos idos de 1948, ainda no governo Eurico Dutra, a 471 só foi asfaltada em 1970, e nas décadas seguintes, com a entrada do meio-ambiente na pauta dos temas mais preocupantes, a estrada ganhou viés ecológico!
Existem placas que incentivam os viajantes a terem bom comportamento. Os automóveis não podem parar. È uma maneira de evitar que seus ocupantes desçam para molestar os animais. A velocidade máxima permitida é de 60 quilômetros. Desse modo, os motoristas podem evitar o eventual atropelamento de, por exemplo, jacarés, gatos-do-mato, lontras ou tartarugas que por ali circulam com freqüência.
Jogar qualquer tipo de dejeto pela janela é estritamente proibido. Há, entretanto, “ilhas” em forma de estacionamento para observar, fotografar e constatar como é possível harmonizar a integração do homem com a natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário