Olhem só de quem o general é amigo... |
Vejam voces a que ponto está se chegando a questão da corrupção deesenfreiada que grassa pelo país:
No comando da CPI dos anões do Orçamento, um escândalo de 18 anos atrás, o senador-coronel Jarbas Passarinho espantou-se com o que viu. Passarinho pronunciou uma frase que sobrevive no verbete da enciclopédia:
“A corrupção nasceu com Adão, implementou-se com Eva e só termina quando o último homem sair da face da terra, levando pela mão a última mulher”.
Passarinho tinha razão. O tempo passou, o Apocalipse não veio e a corrupção se alastrou entre os seres humanos brasileiros. Sob o governo do ex-PT, nem mesmo o homem de farda escapou à onda de suspeição que engolfa a administração pública.
A Procuradoria-Geral Militar apura, desde maio, o envolvimento de oficiais em fraudes que resultaram no desvio de verbas de obras tocadas pelo Exército. Entre os investigados estão –espanto (!), surpresa (!!), estupefação (!!!)— o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e outros sete generais.
Os oficiais chefiaram duas repartições obreiras: o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia). Entre 2004 e 2009, período coberto pela investigação, o Exército firmou convênios com o famigerado Dnit. Tinham como objeto a realização de obras rodoviárias.
Nos últimos cinco anos, o Exército recebeu do Dnit, órgão gangrenado do Ministério dos Transportes, R$ 104 milhões. Investigações preliminares farejaram indícios de fraude em 88 licitações geridas pelo Exército. Os desvios são estimados em R$ 11 milhões.
No curso da apuração, verificou-se que um grupo liderado por dois oficiais criou meia dúzia de empresas para beliscar licitações do IME, feitas com verbas do Dnit. Os oficiais são o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula. Esse ultimo movimentou em conta bancária mais de R$ 1 milhão.
O inquérito de maio foi aberto pela procuradora-geral da Justiça Militar, Cláudia Luz. Um dos objetivos é apurar se Enzo e os outros generais sabiam dos malfeitos. Enzo chefiou o Departamento de Engenharia e Construção do Exército entre 2003 e 2007. Dali, foi alçado, sob Lula, ao comando do Exército, posto que ocupa até hoje. Depois dele, comandaram a repartição os generais Marius Luiz Teixeira, na reserva desde março; e Ítalo Fortes Avena, agora lotado na missão do Brasil na ONU.
Encontram-se também sob investigação os generais que chefiaram o Instituto Militar de Engenharia. São eles: Rubens Brochado, Silvino Silva, Ernesto Ronzani, Emilio Aconcella e Amir Kurban.
Procurado, o Centro de Comunicação Social do Exército manifestou-se por meio de nota. No texto, disse desconhecer a investigação contra os generais. Anotou: "Não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento sobre o assunto."
m depoimento aos promotores militares, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paulo negaram os malfeitos. O inquérito prossegue.
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