A marinha italiana informou hoje que encontrou no Mar Mediterrâneo, perto da ilha da Sardenha, o encouraçado "Roma" afundado por um avião alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
O navio de guerra italiano está a 16 milhas da costa norte da Sardenha, a mil metros de profundidade e foi achado por um robô submarino, o Pluto Palla.
A embarcação foi afundada em 9 de setembro de 1943 por um avião alemão, causando a morte de 1.352 marinheiros, entre eles o comandante das forças navais, o almirante Carlo Bergamini. Apenas 622 marujos sobreviveram.
O navio, orgulho da marinha de guerra italiana por ser um dos mais modernos em seu tempo, transportava vários canhões com um alcance 42,8 km, além dos 42 km de alcance dos japoneses.
Afundou quando fugia. Posto em ação sem todo equipamento para combater nos mares, ficava ancorado no porto de La Spezia, usando seus poderosos canhões como artilharia antiaérea e naval.
Quando a Itália caiu e os alemães chegaram a La Spezia na manhã de 9 de Setembro, o Roma e outros navios italianos haviam zarpado. Os que não tinham condições de navegar para longe foram afundados pelos seus próprios comandantes que, presos, foram fuzilados pelos alemães.
Os navios em fuga saíram de La Spezia pela manhã, seguiram em direção a Córsega, que deveria ser circundada, passando assim longe da costa italiana, e evitando eventuais ataques aéreos. No entanto os alemães tinham previsto essa possibilidade e colocaram bombardeiros navais Dornier na costa francesa.
Os aviões bombadeiros navais Dornier Do-217K (foto) fizeram então no começo da tarde o primeiro ataque com bombas torpedo teleguiadas, as FX-1400, de 1500 Kg, com uma ogiva de 300kg especialmente desenhada para atacar navios. Era teleguiada por rádio a partir de um bombardeiro He-111 ou do próprio Dornier Do-217. Uma arma de elevada precisão para o período da Segunda Guerra. Desenvolvida pelos alemães, ainda estava em fase de testes.
O couraçado Littorio foi o primeiro a ser atingido, uma bomba acertando-lhe a popa. A seguir outra atingiu o Roma a meia nau, perfurando o navio e explodindo a sala das máquinas. O navio começou a arder e saiu da formação.
Alguns minutos mais tarde uma segunda bomba guiada atinge o couraçado próximo à segunda torre da proa. A construção compartimentada e relativamente moderna ainda permitiu que parte dos marinheiros tivesse tempo de abandonar o navio, mas 9 minutos depois o Roma partiu-se em dois. A popa afundou-se de imediato enquanto que a proa demorou mais alguns minutos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário