Professor Edson Ary é suspeito de desviar verbas
da educação
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O reitor do Instituto Federal do Pará, professor Edson Ary de Oliveira
Fontes, foi preso pela Polícia Federal na "Operação Liceu”, no início da
manhã desta quinta-feira (28), no Aeroporto Internacional de Belém. Ele
é suspeito de desviar verbas públicas. O professor estava com um
mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal. O professor
estava com um voo marcado para Brasília.
Segundo a Polícia Federal, dos quatro mandados de prisão, três foram
cumpridos, o do reitor e de mais dois diretores do IFPA, entre eles,
Raimundo Armando Barroso da Costa Junior, diretor da Fundação do Centro
Técnico Funcefet. Já foram indiciadas nove pessoas envolvidas no
esquema, que já causou, até o momento, o prejuízo potencial aos cofres
públicos, no valor de R$ 5.474.601,41.
A operação conta com a participação de 36 policiais federais e 11
auditores da CGU. Já foram solicitadas à Justiça Federal a
indisponibilidade dos bens dos denunciados e a suspensão do exercício
das suas funções junto ao IFPA e à Funcefet /PA, proibindo-os de
praticar qualquer ato de gestão, assessoramento ou qualquer função
relevante em tais entidades.
O reitor está detido na sede da Polícia Federal e será transferido para
a penitenciária de Americano, em Santa Isabel. Ele vai responder pelos
crimes de formação de quadrilha e peculado. O professor ficará preso
enquanto transcorrem as investigações, a partir da análise do material
apreendido.
Um relatório será encaminhado ao Ministério Público Federal, para que
faça a denúncia final a Justiça, responsável pela decisão final sobre a
punição dos envolvidos no esquema.
Há cerca de um ano que a CGU e o MPF vem investigando o IFPA. Segundo
Marcelo Borges de Souza, chefe da CGU regional Pará, foram constatados
desvios dos recursos que chegavam ao instituto para estudantes de
programas federais.
“Os recursos eram repassados para a Fundação de Apoio, onde ocorriam as
fraudes e desvios, executados por meio de pagamento de bolsas a
parentes de funcionários do IFPA, sem vínculo com a administração ou
sequer qualificação”, explica o chefe da CGU. A Funcefet/PA atuava de
forma irregular, já que não é reconhecida pelo Ministério da Educação
nem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Marcelo Borges conta ainda que com o dinheiro destinado a educação, o suspeito teria adquirido imóveis em Belém
e em São Paulo, comprado carros e motos, custeado curso de pilotagem,
cirurgia plástica e custeio do carnaval da escola de samba Bole-Bole.
O advogado do professor Edson Ary, Oswaldo Serrão, informou que vai
entrar com um pedido de habeas corpus ainda nesta quarta-feira (28). O
advogado do diretor Armando Barroso, Roberto Laury, informou que também
entrará com o pedido de habeas corpus no TRF.
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