A Procuradoria da República abriu, na Bahia, investigação sobre desdobramentos da tragédia que interrompeu passeio do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
Decidiu-se apurar o uso de aviões da Força Aérea Brasileira no translado dos corpos de sete acompanhantes de Cabral, mortos no desastre da última sexta-feira (17).
Aberto na terça (21), o inquérito foi divulgado nesta quarta (22) na página mantida pela Procuradoria da República na internet.
Inicialmente, a investigação envolvia apenas o translado do corpo de Mariana Noleto, que era namorada do filho de Cabral. Foi, porém, ampliado.
Deseja-se apurar se as outras seis vítimas fatais também foram levadas da Bahia para o Rio de Janeiro em aeronave da FAB.
As mortes ocorreram na queda do helicóptero que levava parte do grupo de acompanhantes de Cabral de Porto Seguro para Troncoso.
O Ministério Público remeteu um pedido de informações ao Segundo Comando Aéreo Regional, sediado em Recife. Quer saber:
1. Quanto custou o traslado dos corpos.
2. Com base em que fundamentos legais o custo foi arcado pelos cofres públicos e não pelas famílias dos mortos.
3. Quem autorizou o uso de aeronaves da FAB na operação.
A Procuradoria realça que há voos comerciais regulares ligando Porto Seguro ao Rio. Recorda que nenhuma das vítimas exercia função pública.
Afora a investigação da Bahia, Sérgio Cabral enfrenta uma consequência política do acidente.
Deputados estaduais que lhe fazem oposição desejam saber por que o governador e sua comitiva voaram a Porto Seguro em jatinho do empresário Eike Batista.
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