A neurose do terrorismo nos aeroportos chega ao paradoxismo! Todo mundo está acostumado a entregar garrafa de água, cortador de unha e pinça no exame da Polícia Federal, ao passar a bagagem na esteira do raio-X.
Bin Laden morreu sem conseguir seqüestrar um único avião com o suspeito cinto com fivela de metal, que é sempre barrado na revista policial.
Ontem, terça-feira (28), um passageiro da GOL, vindo do Uruguai, embarcava de Porto Alegre para Brasília e provou o que nem a Al-Qaeda imaginava: o transporte de um folheto explosivo.
No caso, a revistinha de 36 páginas impressa pela Duty Free Brasil, um inofensivo catálogo de compras distribuído na loja de importados dos aeroporto. O viajante desavisado passou com ela nas mãos e foi rendido pela PF, que exigiu a passagem do folheto pelo raio X.
O passageiro quis saber a lógica de revistar uma revista de vendas distribuída pela própria loja oficial do setor internacional de importados. “É isso que determina a legislação, senhor!” – respondeu a agente da PF, sem dar o mínimo sorriso.
“Pois devo lhe dizer que é uma lei burra e, como tal, deve ser mudada” – replicou o passageiro. A agente continuou séria. O vôo decolou. E o catálogo, curiosamente, não explodiu
Um comentário:
É, JC, a revista nos aeroportos chega a beirar o absurdo. Essa semana, uma senhora idosa, doente, cadeirante, teve sua fralda revistada nos EUA. E os funcionários só estavam seguindo o protocolo.
Vai ver, acharam que a velhinha tinha cara de terrorista e podia estar levando uma bomba na bunda!
É triste, não?
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