O ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Taubaté (SP) e testemunha-chave do Ministério Público e da Polícia Federal na investigação do esquema de corrupção no município, Fernando Gigli, declarou em depoimento à Promotoria Pública que pessoas ligadas ao deputado estadual e pré-candidato a prefeito, Padre Afonso Lobato (PV), intermediaram e fizeram o pagamento da compra de um apartamento em Ubatuba para a família do atual prefeito com dinheiro de propina.
O chefe do Executivo municipal, Roberto Peixoto (PMDB), e a primeira-dama da cidade, Luciana Peixoto, estão presos na sede da PF. Eles são acusados de envolvimento em fraudes a licitações para a compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar por meio de empresa registrada em nome de laranjas.
A denúncia que levou à investigação, iniciada em 2009, partiu de Gigli, que chegou a ser ameaçado de morte. Segundo ele afirmou em depoimento feito em 11 de maio de 2009, o responsável pelo pagamento do corretor de imóveis que vendeu o apartamento à família Peixoto era Rodrigo Duque Andrade, que é chefe de gabinete e braço direito de Lobato há muitos anos.
Quem comprou primeiramente o apartamento foi Gladson Dutra Costa, que era casado com Andreia Dutra Costa, que também trabalha para o deputado Padre Afonso Lobato e hoje é casada com Rodrigo Duque Andrade.
O chefe do Executivo municipal, Roberto Peixoto (PMDB), e a primeira-dama da cidade, Luciana Peixoto, estão presos na sede da PF. Eles são acusados de envolvimento em fraudes a licitações para a compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar por meio de empresa registrada em nome de laranjas.
A denúncia que levou à investigação, iniciada em 2009, partiu de Gigli, que chegou a ser ameaçado de morte. Segundo ele afirmou em depoimento feito em 11 de maio de 2009, o responsável pelo pagamento do corretor de imóveis que vendeu o apartamento à família Peixoto era Rodrigo Duque Andrade, que é chefe de gabinete e braço direito de Lobato há muitos anos.
Quem comprou primeiramente o apartamento foi Gladson Dutra Costa, que era casado com Andreia Dutra Costa, que também trabalha para o deputado Padre Afonso Lobato e hoje é casada com Rodrigo Duque Andrade.
Uma ex-aliada do casal Peixoto, Zali Leite, que é a presidente do PTN de Taubaté, detalhou como foi a compra do apartamento. Ela disse que foi pessoalmente com a primeira-dama ver o apartamento nº12 do edifício Hans Staden, situado na rua Hans Staden, 780.
“Fomos no dia 4 de abril de 2005, porque ela queria dar o apartamento de presente ao prefeito, que faz aniversário em 6 de abril”, relata. “Chamou a atenção do corretor o dinheiro vivo. Ele me ligou e disse que uma pessoa de nome Oswaldo ligava pra ele, marcava um encontro na praça de Santa Terezinha, uma das principais da cidade, chegava em um carro preto, parava, jogava uma bolsa com dinheiro e ia embora.” A testemunha diz não saber quem seria o homem identificado como Oswaldo.
Já Fernando Gigli, ainda em seu depoimento, esclarece quem seria Oswaldo: “O apartamento foi adquirido em nome de pessoas ligadas ao Padre Afonso. Ocorre que, posteriormente, o padre e o prefeito romperam relações. Como o prefeito não possuía nenhuma prova de que havia adquirido o apartamento, e temendo que as desavenças políticas pusessem o negócio em risco, pediu ao declarante (Fernando Gigli) que entrasse em contato com Rodrigo, a fim de providenciar que o contrato de gaveta fosse transferido para o nome de Felipe, filho dele. Rodrigo havia sido o responsável pelo pagamento do preço cobrado pelo apartamento, se apresentando ao vendedor ou à imobiliária como sendo ‘Oswaldo’”.
De acordo com o ex-chefe de gabinete, o apartamento custou R$ 120 mil. Os recursos para a aquisição do imóvel eram oriundos de pagamento de propina pelas empresas Sistal e Home Care, segundo Gigli.
“As empesas prestavam serviços à prefeitura municipal, sendo certo que Rodrigo, atual chefe de gabinete do deputado Padre Afonso, era o responsável por arrecadar as quantias. A contrapartida para as empresas era na manutenção e na renovação dos contratos com a prefeitura”, completou Gigli.
Outro lado
Presos na última terça-feira (21), o prefeito e a primeira-dama negam qualquer relação com o esquema instaurado na prefeitura.
Já o deputado estadual Padre Afonso Lobato diz desconhecer a história relatada por Gigli. Procurado pela reportagem, ele afirmou que, se alguém tem que responder às denúncias, é Rodrigo, seu chefe de gabinete, e as outras pessoas citadas. Ainda segundo Lobato, se ficarem comprovadas as irregularidades, todos serão exonerados.
“Fomos no dia 4 de abril de 2005, porque ela queria dar o apartamento de presente ao prefeito, que faz aniversário em 6 de abril”, relata. “Chamou a atenção do corretor o dinheiro vivo. Ele me ligou e disse que uma pessoa de nome Oswaldo ligava pra ele, marcava um encontro na praça de Santa Terezinha, uma das principais da cidade, chegava em um carro preto, parava, jogava uma bolsa com dinheiro e ia embora.” A testemunha diz não saber quem seria o homem identificado como Oswaldo.
Já Fernando Gigli, ainda em seu depoimento, esclarece quem seria Oswaldo: “O apartamento foi adquirido em nome de pessoas ligadas ao Padre Afonso. Ocorre que, posteriormente, o padre e o prefeito romperam relações. Como o prefeito não possuía nenhuma prova de que havia adquirido o apartamento, e temendo que as desavenças políticas pusessem o negócio em risco, pediu ao declarante (Fernando Gigli) que entrasse em contato com Rodrigo, a fim de providenciar que o contrato de gaveta fosse transferido para o nome de Felipe, filho dele. Rodrigo havia sido o responsável pelo pagamento do preço cobrado pelo apartamento, se apresentando ao vendedor ou à imobiliária como sendo ‘Oswaldo’”.
De acordo com o ex-chefe de gabinete, o apartamento custou R$ 120 mil. Os recursos para a aquisição do imóvel eram oriundos de pagamento de propina pelas empresas Sistal e Home Care, segundo Gigli.
“As empesas prestavam serviços à prefeitura municipal, sendo certo que Rodrigo, atual chefe de gabinete do deputado Padre Afonso, era o responsável por arrecadar as quantias. A contrapartida para as empresas era na manutenção e na renovação dos contratos com a prefeitura”, completou Gigli.
Outro lado
Presos na última terça-feira (21), o prefeito e a primeira-dama negam qualquer relação com o esquema instaurado na prefeitura.
Já o deputado estadual Padre Afonso Lobato diz desconhecer a história relatada por Gigli. Procurado pela reportagem, ele afirmou que, se alguém tem que responder às denúncias, é Rodrigo, seu chefe de gabinete, e as outras pessoas citadas. Ainda segundo Lobato, se ficarem comprovadas as irregularidades, todos serão exonerados.
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