
O licopeno, pigmento que dá cor ao tomate, é considerado uma arma poderosa na prevenção do câncer de próstata.
Por que tantos exames? Para afastar suspeitas como infarto, embolia pulmonar e um quadro infeccioso. Lula foi submetido a três sessões de nebulização. Quinze minutos cada uma. Um intervalo de hora e meia entre uma e outra.
Por quê? Ouça-se o cirurgião de tórax Cláudio Gomes, um dos diretores do hospital pernambucano: "Com a pressão muito alta, os pulmões funcionam de forma um pouco mais trabalhosa. Uma das finalidades da nebulização é dilatar os brônquios e fluidificar as secreções".
Medicado, o presidente subiu do 2º para o 13º andar. Treze. O número do PT nas cédulas eleitorais. Recolheram-se, aqui e ali, comentários de Lula.
Num deles, perguntou aos médicos qual tinha sido o resultado da partida Náutico X Santa Cruz, que ocorrera na noite de quarta.
Time da predileção de Lula em Pernambuco, o Náutico prevalecera sobre o rival. Fizera dois gols, contra apenas um do Santa Cruz.
Noutro comentário que os médicos retiveram na memória, Lula soou como se tentasse extrair limonada do limão que seu organismo lhe servira.
Disse que achava “bom” que o mal-estar o tivesse levado ao hospital. Enxergou no episódio “uma luz amarela”. Um sinal de que precisa ter “mais cuidado”.
Em 2009, Lula esquivara-se de realizar o seu check-up anual. No início de janeiro, num discurso, convertera o descaso em pilhéria. Recordara que o vice José Alencar está às voltas com o câncer. Lembrara que Dilma Rousseff também enfrentara um linfoma. E concluíra:
"Pô, se eu fizer [o check-up] e der alguma coisa também, a República está desgraçada". Na fatídica quarta-feira de Recife, Lula voltou a brincar com a saúde.
Deu-se na inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Depois de inspecionar o posto médico, Lula foi ao palanque.
Elogiou as instalações. E fez piada: “Dá até vontade de a gente ficar doente, para ser atendido aqui” !
Fico pensando o que seria dele, se tivesse que usar o mesmo SUS que usamos aqui, com aquele tratamento preferencial que os médicos oferecem e com a mesma delicadeza das funcionários e enfermeiras, não é mesmo?
Colaboração: RAzevedo