ENTENDA O DESASTRE
No dia 1º, o Rio Paraitinga, que atravessa a cidade, transbordou e ficou cerca de 10 metros acima de seu nível normal. A cheia invadiu metade dos imóveis. Pelo menos seis dos 24 edifícios integralmente tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) foram destruídos, incluindo a igreja matriz, que tinha cerca de 200 anos.
No dia 1º, o Rio Paraitinga, que atravessa a cidade, transbordou e ficou cerca de 10 metros acima de seu nível normal. A cheia invadiu metade dos imóveis. Pelo menos seis dos 24 edifícios integralmente tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) foram destruídos, incluindo a igreja matriz, que tinha cerca de 200 anos.
A população ficou sem água e sem luz duramte vários dias! Cerca de 700 pessoas estavam fora de suas casas, os telefones ainda não haviam voltado a funcionar e uma pessoa continuava desaparecida cinco dias após a tragédia!
OS MOTIVOS DA CATASTROFE
O que aconteceu ali é resultado de um somatório de fatores. Um deles é a ocupação desordenada da região, que teve início na segunda metade do século XVIII. Desde então, a mata ciliar do Rio Paraitinga foi completamente destruída em seu trecho urbano. Esse tipo de vegetação tem a função de conter enchentes e proteger o leito contra dejetos que deixam sua calha mais rasa. Desde a década de 90, as cheias têm se tornado frequentes.
No ano passado, o rio transbordou seis vezes. A situação ficou pior na enchente do dia 1º porque choveu muito acima do normal. Para se ter uma ideia, em dezembro foram registrados 602 milímetros de chuva na região, 322 acima do esperado para o período. A água destruiu os imóveis históricos porque eles são feitos principalmente de taipa de pilão e de pau a pique, tipos de parede que levam barro em sua composição.
Ao contrário das de concreto, quando encharcadas essas estruturas amolecem e se desfazem. Além disso, muitos imóveis estavam carentes de reforma. Moradores estimam que quinze deles aguardavam aprovação de sua reforma pelo Condephaat, cuja última vistoria na cidade foi realizada em setembro de 2008.
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