Em guerra com as operadoras de planos de saúde, médicos de todo país decidiram paralisar as consultas no Dia Internacional da Saúde: 7 de abril, motivados que estão pela relutância das administradoras dos planos em reajustar a tabela de remuneração das consultas. A paralisação foi aprovada nesta sexta (18), em reunião de representantes das três entidades nacionais que representam a categoria médica: FNM (Federação Nacional dos Médicos), CFM (Conselho Federal de Medicina) e AMB (Associação Médica Brasileira).
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM disse: “As operadoras estão resistentes em negociar com os médicos. Faremos um alerta para a pauta do movimento”!
As entidades reivindicam, além do reajuste imediato, a definição de uma data para a correção anual da remuneração dos honorários médicos.
Na reunião desta sexta, realizada na sede da Federação Paulista de Medicina, aprovou-se como data base 18 de outubro, o Dia do Médico.
Representados por uma entidade chamada FenaSaúde, os planos privados pagam, hoje, entre R$ 15 e R$ 49 por consulta, dependendo da especialidade médica. São valores muito abaixo dos praticados pelo mercado. Daí a revolta das entidades médicas. A insatisfação vem de longe. Foi dimensionada no ano passado numa pesquisa feita por encomenda da APM (Associação Paulista de Medicina).
Feita uma avaliação revelou-se que 92% dos médicos credenciados queixam-se da interferência das operadoras no diagnóstico e no tratamento dos pacientes. Os médicos sustentam que as administradoras dos planos de saúde recusam procedimentos que só a eles cabe decidir se são ou não necessários. Algo que prejudica, só em São Paulo, uma legião de 17,6 milhões de usuários dos planos de assistência médica privada.
Na ocasião, as operadoras se defenderam com dois argumentos:
1) os médicos estariam requisitando exames e procedimentos não cobertos pelos planos...
2) os médicos estariam duplicando consultas e exames como forma de elevar os seus honorários.
É contra esse pano de fundo intoxicado que médicos de todo as especialidades paralisarão os atendimentos em 7 de abril.
Trava-se uma disputa sui generis. Uma briga em que a clientela dos planos de saúde, submetida a mensalidades salgadas, entra com a cara.
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