A sequência de fotos exibida acima mostra que, além do preço político, o ‘Paloccigate’ impõe a Dilma um custo estético.
Na primeira imagem, a Dilma da posse. Vestia branco. Nas orelhas e no pescoço, ostentava pérolas. No olhar, o brilho do triunfo.
Nas fotos seguintes, a Dilma dos meses inaugurais. Intercalava dois tipos de rosto: ora firme ora sorridente. Sempre sobranceira.
Súbito, a vacina contra a gripe. Remédio agourento. Sobrevieram a pneumonia e a revelação de que Antonio ‘Consultor’ Palocci multiplicara por 20 o patrimônio.
Alquebrada, Dilma tomou chá de sumiço. Fugiu de dos inimigos: o frio do ar-condicionado e o calor dos refletores.
O molusco e os fatos intimaram-na a dar as caras. Reapareceu diferente. O cenho crispado, a mão fechada a proteger a tosse.
Nesta quarta (1º), Dilma era a cara da crise. Repare na foto em que ela aparece vestida de cor-de-abóbora, a última da série.
Foi clicada ao término da reunião-almoço de Dilma com os senadores do PMDB, convertidos em heróis da resistência. Exibe outra presidente.
Penteado descuidado, as rugas em franco litígio com a maquiagem, o semblante a denunciar as noites maldormidas.
No caminho entre o cargo de ministra e o de presidente, Dilma subvertera a máxima segundo a qual uma mulher nunca é tão bonita quanto já foi.
A foto ao lado comprova que o acúmulo de poder fez bem à aparência da ex-ministra.
Já na fase de pré-campanha, Dilma havia trocado os óculos pelas lentes de contato. Uma plástica remoçara-lhe os arredores dos olhos.
Na campanha propriamente dita, sob orientação de especialistas, modernizara o guarda-roupas, trocara os cosméticos e remodelara o penteado.
Agora, considerando-se a involução delatada pela sobreposição de imagens, Dilma talvez tenha de trocar de chefe da Casa Civil.
A debilidade ética de Palocci submete a face do governo e o rosto de Dilma a um implacável déficit de estética.
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