A mão que segura Orlando Silva na cadeira de ministro do Esporte é do molusco. Partiu do ex-presidente o conselho ao PCdoB para que resistisse. Adepto da teoria do “casco duro”, o moluscóide pediu ao PCdoB e a Orlando que resistissem às pressões que, por densas, formavam um cenário de demissão.
Nesta sexta (21), tocou o telefone para Renato Rabelo, presidente do PCdoB. Recomendou resistência. O próprio Rabelo relatou o contato a militantes do partido reunidos 17ª Conferência Estadual do PCdoB do Rio, que se converteu em ato de desagravo a Orlando. “Acabei de receber uma ligação telefônica do nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizando com nosso partido e com o nosso ministro Orlando Silva…” …Ele disse: ‘Vocês têm que resistir, o ministro tem que resistir’.” Embalado pelo telefonema do ex-soberano, Rabelo pontificou: “E devemos [resistir]. A história de nosso partido é a resistência. Nós temos que ter confiança na presidente Dilma Rousseff.”
Líder do PCdoB no Senado, Inácio Arruda (CE) contou que a resistência de Orlando Silva em entregar o cargo também foi inspirada no molusco. Segundo o senador, o patrono de Dilma trocou telefonemas, nos últimos dias, também com o ministro. Inácio Arruda relatou:
“O molusco dizia para o Orlando: ‘Você precisa ter tutano! Segura firme aí porque, se envergar na primeira ventania, pode ser arrastado. É preciso ter firmeza!’.
Antes de discursar na conferência partidária do Rio, Renato Rabelo avisara que Orlando Silva aguardava, em Brasília, por um encontro com Dilma. Foi, de fato, chamado. O ministro reuniu-se com a presidente por cerca de uma hora e meia. A conversa foi testemunhada por um ex-auxiliar moluscóidico, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Ao final da audiência, Orlando Silva deixou o gabinete presidencial com a cabeça de ministro ainda acomodada sobre o pescoço. A resistência à moda pedida prevaleceu sobre a avaliação do Planalto, cultivada ao longo de uma semana. Consolidara-se ao redor de Dilma a sensação de que Orlando Silva perdera as condições políticas para manter-se no cargo.
O encontro com dilma impediu Orlando de comparecer à conferencia comunista do Rio. O ministro enviou, porém, uma carta à militância. “Vocês têm acompanhado os ataques violentos, as mentiras e calúnias, sem provas, que tentam imputar a mim e ao nosso partido”, anotou no texto. “Estes ataques são frutos da cobiça gerada pela dimensão alcançada pelo ministério e pelo ódio de classe das forças conservadora…” “…[…] Nos tempos de terror usavam a tortura, prisão, e assassinatos…” “…Hoje, as mesmas forças usam o linchamento político, a execração pública para eliminar nossos companheiros.”
2 comentários:
O caro JC eu quero aquela ilustração de praxe do molusco que você criou.Está ótima.Não esqueça quando se referir àquele execrável coloque a ilustração que mais condiz com ele. Estou pedindo muito?
porcos de um mesmo chiqueiro: lula. orlando, sarnento, renam, dirceu, palocci, et caterva. Ratos inexpugnáveis.
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