Taiadablog: A ingestão de carne vermelha e as doenças coronarianas !!!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A ingestão de carne vermelha e as doenças coronarianas !!!

Jamais houve comprovação científica de que a ingestão de carne vermelha teria relação direta com infartos.

Houve um tempo em que as famílias cozinhavam com banha de porco e fritavam bifes, ovos, batatas e bolinhos sem a menor preocupação com o teor lipídico das refeições.

Nessa época, em que não contávamos com os confortos da vida moderna, todos faziam as refeições em casa, andavam bem mais e engordavam muito menos.

Na década de 1920, o número de mortes por ataque cardíaco nos Estados Unidos estava abaixo de 10%; 30 anos mais tarde, atingia 30%.

Como era preciso encontrar justificativa para esse fenômeno, o colesterol entrou em campo. A explicação parecia lógica: com o progresso, houve aumento do acesso à carne vermelha, alimento que eleva os níveis de colesterol; colesterol mais alto, mais ataque cardíaco.

A partir dessa ideologia, os serviços de saúde americanos passaram a recomendar que a população comesse menos carne.

Digo ideologia, porque jamais houve comprovação científica de que a ingestão de carne vermelha teria relação direta com infartos do miocárdio ou derrames cerebrais. Todos os estudos que sugeriram isso apresentam vieses estatísticos que comprometem as conclusões finais.

Agora, vejamos a questão das frituras. Os espanhóis acabam de publicar um inquérito populacional conduzido com 40.757 homens e mulheres entre 29 a 69 anos, seguidos por média de 11 anos, com a finalidade de avaliar a possível relação entre consumo de frituras, ataques cardíacos e mortalidade geral.

Para que essa população representasse melhor a variedade das dietas do país, escolheram habitantes de duas cidades no norte (Gipuzkoa e Navarra) e duas no sul (Granada e Murcia). No período estudado, ocorreram 606 ataques cardíacos e o total de 1.135 mortes, somadas todas as causas.

Conforme a quantidade de fritura na dieta, os participantes foram divididos em grupos de consumo alto, médio-alto, médio-baixo e baixo.

O resultado mostrou que não surgiram diferenças estatisticamente significantes quanto ao número de ataques cardíacos ou à mortalidade por qualquer causa, entre os quatro grupos estudados.

Os resultados também não variaram entre aqueles que preparavam frituras com óleo de oliva ou de girassol - as duas formas mais frequentes na Espanha - ou com outros óleos vegetais.Também não fez diferença o tipo de alimento frito: carne vermelha, peixe, batatas ou ovos.

Se é assim, não seria de esperar que no estudo espanhol dietas ricas em frituras também constituíssem fator de risco?

Seria, caro leitor, mas em ciência nem tudo que parece lógico resiste ao crivo da análise experimental. Estudos populacionais são feitos justamente para comprovar ou jogar por terra afirmações dogmáticas.

Então posso comer fritura à vontade? Se não quiser ganhar peso, acumular gordura no abdômen e ficar hipertenso, coma com parcimônia, mas sem remorso!

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