O Romi-Isetta é o carro mais exótico já fabricado no Brasil, com seus 2,27 metros de comprimento por 1,38 metro de largura. Em 1955, as Indústrias Romi, que até hoje fabricam máquinas operatrizes em Santa Bárbara d'Oeste (SP), deram início à fabricação da versão brasileira da Isetta, sob licença da fábrica italiana Iso.
Entra-se no veículo pela porta da frente e De pé sobre o piso do carro e apoiado na capota, com uma ligeira meia-volta instala-se no banco para dois lugares. Quem tem o volante nas mãos fica com a coluna de direção entre os pés. Os instrumentos não são mais que um pequeno velocímetro - que marca até 100 km/h - e três luzes-espia: dínamo, pisca e farol alto. Com exceção do pára-brisa, os "vidros" são de plástico e garantem muita visibilidade.
Os primeiros Romi eram equipados com motor dois tempos, de dois cilindros. Para o modelo 1959, o último a ser fabricado regularmente, a fábrica anunciava nas revistas uma velocidade máxima de 95 km/h, um consumo de 25 km/l e garantia que o carro "vence com sobras as subidas mais íngremes", graças ao novo motor BMW de quatro tempos monocilíndrico, de 298 cc e 13 hp de potência.
O público nunca levou o Romi-Isetta muito a sério. Era visto mais como uma excentricidade do que uma solução prática de transporte. E o fato de ter ficado à margem da política de incentivos à indústria automobilística, durante o governo Juscelino Kubitschek, fez com que seu preço não fosse competitivo - em 1959, ele custava mais de 60% do preço de um Fusca. Esses fatores contribuíram em parte para encurtar sua temporada por aqui.
Aqui em Caçapava, tinha um, que não me lembro quem era o proprietário mas, sempre que saia às ruas, chamava muito a atenção!
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