Convidado pelos deputados Padre Afonso Lobato (PV) e Hélio Nishimoto (PSDB), da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira, o engenheiro Edílson de Paula Andrade, coordenador da Secretaria Executiva do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul, participou da reunião para explicar os possíveis rumos do projeto de transposição de águas do rio Paraíba para a macro-metrópole de São Paulo. “Não há ainda nada definido, pois os estudos encomendados pelo Governo ainda não foram concluídos”, afirmou.
O assunto, no entanto, foi muito debatido entre os presentes, que demonstraram muita preocupação com os possíveis danos que essa situação poderia causar à região. “A diminuição da água do Paraíba agravaria ainda mais o problema de esgotos, entre várias outras desvantagens”, afirmou Padre Afonso.
Apesar de nada haver ainda de conclusivo em relação à transposição, há especulações de que a retirada mínima de água do rio Paraíba seria de 5.000 m3 por segundo. Se a retirada for feita da represa do Jaguari, seriam bombeados até 15.000 m3 por segundo, para o sistema Cantareira, em Atibaia.
Ao final da reunião, Padre Afonso Lobato e Hélio Nishimoto decidiram que uma reunião com os demais deputados da Frente será realizada já na próxima semana, para discussão do assunto. “Vamos passar a eles essas primeiras informações e vamos aguardar a finalização dos estudos para nos reunir com a secretária de Energia, Dilma Pena”, afirmou Padre Afonso.
Ele disse que o envolvimento da Frente Parlamentar na mobilização regional é muito importante, para que o assunto seja bem esclarecido e discutido com a população e para que haja contrapartidas do governo. “Vamos estudar essas compensações e, se realmente for confirmada a transposição, queremos estar preparados para cobrar o Governo”, concluiu.
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