O Congresso Nacional, como se sabe, é aquele prédio em Brasília que abriga uma instituição meio mercado persa, meio bordel. Neste sábado (18), o templo de insondáveis transações converteu-se em palco de um ato sublime: um casamento.
Jackson Domênico, 37, Nádia Santolli, 30, casaram-se no gramado defronte da rampa do Congresso. Coisa jamais vista.
Acionado pelo deputado Odacir Zonta (PP-SC), amigo e padrinho do noivo, o presidente do Legislativo, José Sarney, autorizou a cerimônia, impondo condições: nada de cadeiras. Os convidados ficaram em pé. Nada de púlpito para o pastor evangélico que celebrou a união.
A despeito das restrições, foi uma bela cerimônia. Cantora gospel, a noiva Nádia brindou os presentes com uma música. No casamento, como na atividade parlamentar, para que a coisa dê certo os atores precisam falar a mesma língua.
Num 'Dicionário Político' organizado por Norberto Bobbio, coube ao escritor italiano Maurizio Cotta redigir o verbete “Parlamento”. Escreveu o seguinte:
“A prática parlamentar, pela sua intrínseca necessidade de reciprocidade de comportamentos, intercâmbio de comunicações, colaboração e mútuos favores…
…Constitui um fator que pode contribuir, de modo bastante significativo, para criar um fundo de coesão entre as forças políticas…”
“…Capaz de transcender as suas divergências, e pode servir para contrabalançar as pressões centrífugas que nascem inevitavelmente da dialética política”.
Trocando-se no texto as expressões “prática política” e "forças políticas" por “prática cotidiana" e "fraquezas do amor" o verbete passa a ser de grande utilidade para o casal Odacir e Nádia.
Nos dias que correm, a trivial atividade de parlare (falar), que está na gênese do vocábulo parlamento, anda meio atrofiada no Congresso.
Que os noivos tenham mais sorte. Que pelo menos não torçam o nariz um do outro, como fazem PT e PMDB.
Jackson Domênico, 37, Nádia Santolli, 30, casaram-se no gramado defronte da rampa do Congresso. Coisa jamais vista.
Acionado pelo deputado Odacir Zonta (PP-SC), amigo e padrinho do noivo, o presidente do Legislativo, José Sarney, autorizou a cerimônia, impondo condições: nada de cadeiras. Os convidados ficaram em pé. Nada de púlpito para o pastor evangélico que celebrou a união.
A despeito das restrições, foi uma bela cerimônia. Cantora gospel, a noiva Nádia brindou os presentes com uma música. No casamento, como na atividade parlamentar, para que a coisa dê certo os atores precisam falar a mesma língua.
Num 'Dicionário Político' organizado por Norberto Bobbio, coube ao escritor italiano Maurizio Cotta redigir o verbete “Parlamento”. Escreveu o seguinte:
“A prática parlamentar, pela sua intrínseca necessidade de reciprocidade de comportamentos, intercâmbio de comunicações, colaboração e mútuos favores…
…Constitui um fator que pode contribuir, de modo bastante significativo, para criar um fundo de coesão entre as forças políticas…”
“…Capaz de transcender as suas divergências, e pode servir para contrabalançar as pressões centrífugas que nascem inevitavelmente da dialética política”.
Trocando-se no texto as expressões “prática política” e "forças políticas" por “prática cotidiana" e "fraquezas do amor" o verbete passa a ser de grande utilidade para o casal Odacir e Nádia.
Nos dias que correm, a trivial atividade de parlare (falar), que está na gênese do vocábulo parlamento, anda meio atrofiada no Congresso.
Que os noivos tenham mais sorte. Que pelo menos não torçam o nariz um do outro, como fazem PT e PMDB.
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