Os médicos foram dispensados pela Justiça do controle eletrônico de frequência no Hospital de Base de Brasília, o maior da capital, implentado a partir desta segunda-feira, conforme mandado de segurança obtido pelo Sindicato dos Médicos do DF sob alegações no mínimo curiosas: "além de transtornos e confusão", a exigência para documentar o comparecimento ao trabalho poderia "prejudicar o atendimento aos pacientes".
Argumenta também que o controle de frequência "pode provocar prejuízo aos servidores, no fechamento dos contraqueques". A medida foi concedida pela 1ª Vara da Fazenda Pública do DF e deve ser contestada pela Secretaria de Saúde.
Única unidade da Federação que tem número de médicos contratados superior aos padrões mínimos recomendados pela Organização Mundial de Saúde, o Distrito Federal paga salários aos mais de 6.300 médicos que atuam em 17 hospitais e algumas unidades públicas de saúde, mas a reclamação mais frequente dos usuários é que eles não são encontrados em seus locais de trabalho.
A implementação de controle de frequência nas unidades de saúde pública do DF sempre foi motivo de resistência dessa categoria. Há alguns anos, o então secretário de Saúde, José Geraldo Maciel, tentou implementar o ponto e determinou a exposição da escala dos médicos nas portarias das unidades, e acabou trocando sopapos com o então presidente do sindicato!
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