Em alguns aeroportos brasileiros, aviões de companhias falidas enferrujam a céu aberto, sob o sol e a chuva. Muitas vezes o olhar da gente perde a capacidade de empregar a devida importância a algo que parece tão banal.
Antes da decolagem, enquanto o Boeing taxiava, ouvia-se o diálogo do menino com o pai e mãe nas poltronas à minha frente. O garoto tinha aquela idade em que pergunta em todo momento. Devia ser a sua primeira viagem de avião, pois mostrava-se maravilhado desde a sala de embarque. Queria saber tudo sobre aviões.
A altitude que atingem, a quantidade de assentos, de onde vem a comida, onde fica o piloto, etc. Por fim, quis saber do pai, qual “a coisa mais cara do mundo”.
Provavelmente para manter o filho dentro do assunto, o pai respondeu que era um avião. Nesse exato momento, olhava-se pela janela vários jatos da Vasp e da Transbrasil aterrados ao relento, próximos à cabeceira da pista.
Fica-se imaginando quantas vezes devemos ter voado em um daqueles Boeings, em nossas andanças pela vida!
Agora jaziam ali, resultado do fracasso de seus proprietários, por gestões incapazes, fraudulentas, incompetentes. Foi preciso a ingênua pergunta do curioso menino para corrigir a desatenção de nosso olhar!
Provavelmente para manter o filho dentro do assunto, o pai respondeu que era um avião. Nesse exato momento, olhava-se pela janela vários jatos da Vasp e da Transbrasil aterrados ao relento, próximos à cabeceira da pista.
Fica-se imaginando quantas vezes devemos ter voado em um daqueles Boeings, em nossas andanças pela vida!
Agora jaziam ali, resultado do fracasso de seus proprietários, por gestões incapazes, fraudulentas, incompetentes. Foi preciso a ingênua pergunta do curioso menino para corrigir a desatenção de nosso olhar!
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