Deputado Giovanni Queiroz |
Há pouco mais de um mês do plebiscito que vai decidir se o estado do Pará será ou não dividido em três, a Coluna conversou com o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), um dos principais defensores da criação dos estados de Carajás e Tapajós, a partir da divisão do território paraense.
Segundo ele, a criação de três novas unidades federativas é algo exitoso no Brasil. Citando exemplos como a criação do Amapá e Mato Grosso do Sul, o parlamentar diz acreditar que a divisão facilita a gestão. "A intenção é melhorar e baratear a gestão. O nosso objetivo é o cidadão e ele não é atingido da maneira como está".
Queiroz afirmou ainda, que a pobreza será um dos principais problemas a serem resolvidos com a divisão. " Temos cerca de 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, com R$ 140 por mês.
E temos os oposicionistas à criação dos novos estados, mas eles não têm coragem de apresentar projetos para melhorar isso", defendeu. Quanto às ações de divulgação da consulta pública, o deputado afirmou que debates têm sido a principal estratégia da base pró-divisão. "Temos ido a universidades e convencido muita gente. vamos à TV, assim vamos convencer a população mais pobre, que pensa que mais outros vão aparecer com a criação dos estados, mas na verdade a tributação vai baratear", concluiu.
Deputado Zenaldo |
Já o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) é contra a divisão e acredita que os únicos beneficiados seriam políticos interessados no aumento de cargos no governo e alguns empresários. “Só uma meia dúzia de pessoas é a favor dessa separação”.
O parlamentar acredita, contrariamente a seu colega, que a criação de três estados deverá trazer mais miséria tanto para o estado-mãe quanto para as novas unidades, pois a conta ficaria muito cara para ser paga com a verba disponível. “Isso vai gerar um encarecimento na gestão da máquina pública, vai aumentar a tributação e o Pará já é vítima de um modelo perverso de distribuição de recursos, a nossa maior receita vem de royalties minerais e da energia”.
Caso os novos estados sejam aprovados no plebiscito, que será realizado no dia 11 de dezembro, será criado um projeto de Lei complementar com todas as regras para o estabelecimento das novas unidades. O texto deve passar por apreciação no Senado e na Câmara e, somente após isso, pela sanção da presidenta Dilma Rousseff
Um comentário:
Ao invés de um, são mais tres cabidões de emprego, consequentemente mais um antro de corrupção. A quem interessa esta divisão?
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