Condenado à morte por traição, o brasileiro Fernando Buschman foi executado na Torre de Londres durante a 1ª Guerra Mundial. Tinha 25 anos, era engenheiro e violinista, quando foi acusado e preso em sua casa, onde vivia com uma rica herdeira. Foi um processo impreciso e se diz que ele bobeou em sua defesa. Mas teve a honra de ser executado na Torre de Londres, palco de execuções como a de Ana Bolena, segunda mulher de Henrique 8.
Buschman fora convocado a espionar para os alemães durante uma de suas passagens pela Alemanha. Tanto os espiões quanto o serviço secreto alemão, no entanto, eram descuidados e amadores. A fachada de uma loja de cigarros, usada por Buschman e seus colegas, já era conhecida pelas autoridades britânicas, bem como os endereços para onde os espiões enviavam telegramas com "pedidos de cigarros", suspeitamente ligados aos militares alemães.
Na madrugada do dia 4 de junho de 1915, Buschman foi preso em sua casa na Harrington Road, no bairro londrino de South Kensington. No dia 30 de setembro, condenado à morte por fuzilamento.
Seu último pedido foi tocar seu violino. Um dos guardas da prisão escreveu sobre a execução, mencionando a música que ecoou pelo prédio, noite adentro, na véspera do dia 18 de outubro de 1915. "A imagem dele, tocando seu violino, as notas ecoando no lugar, que por sinal se transforma completamente durante a noite". (...) "tudo isso toca meu coração". Nesse texto, escrito como memórias do solado, está que Buschman "enfrentou seu destino como um cavalheiro". Antes de ser morto, perguntou a um dos guardas se ele tinha um filho e se gostaria de ficar com o violino porque "já não preciso dele".
Recusando a venda para os olhos, sentou-se na cadeira e, com um sorriso corajoso, olhou de frente para os rifles dos guardas do Terceiro Batalhão Escocês. Foi executado as 7 horas da manhã.
Um dos mais comoventes documentos do caso, que está no acervo do Royal Armories, é uma carta escrita por sua mulher Valerie Buschman ao advogado do marido executado. A viúva pergunta pelos anéis e o violino do marido. "Diga-me, é verdade mesmo que ele jamais voltará para mim? Ainda não posso acreditar". E lamenta que ninguém tenha tido pena de um jovem inocente, de sua mulher e do filho do casal. "Permitiram ao menos que ele ficasse com seu violino até seu último dia?" E, concluindo, a viúva indaga se seria possível encontrar a tumba do marido em Londres. "Encontrarei sua tumba em Londres? Meu único desejo é dormir lá, onde meu amado marido está dormindo"!
Buschman fora convocado a espionar para os alemães durante uma de suas passagens pela Alemanha. Tanto os espiões quanto o serviço secreto alemão, no entanto, eram descuidados e amadores. A fachada de uma loja de cigarros, usada por Buschman e seus colegas, já era conhecida pelas autoridades britânicas, bem como os endereços para onde os espiões enviavam telegramas com "pedidos de cigarros", suspeitamente ligados aos militares alemães.
Na madrugada do dia 4 de junho de 1915, Buschman foi preso em sua casa na Harrington Road, no bairro londrino de South Kensington. No dia 30 de setembro, condenado à morte por fuzilamento.
Seu último pedido foi tocar seu violino. Um dos guardas da prisão escreveu sobre a execução, mencionando a música que ecoou pelo prédio, noite adentro, na véspera do dia 18 de outubro de 1915. "A imagem dele, tocando seu violino, as notas ecoando no lugar, que por sinal se transforma completamente durante a noite". (...) "tudo isso toca meu coração". Nesse texto, escrito como memórias do solado, está que Buschman "enfrentou seu destino como um cavalheiro". Antes de ser morto, perguntou a um dos guardas se ele tinha um filho e se gostaria de ficar com o violino porque "já não preciso dele".
Recusando a venda para os olhos, sentou-se na cadeira e, com um sorriso corajoso, olhou de frente para os rifles dos guardas do Terceiro Batalhão Escocês. Foi executado as 7 horas da manhã.
Um dos mais comoventes documentos do caso, que está no acervo do Royal Armories, é uma carta escrita por sua mulher Valerie Buschman ao advogado do marido executado. A viúva pergunta pelos anéis e o violino do marido. "Diga-me, é verdade mesmo que ele jamais voltará para mim? Ainda não posso acreditar". E lamenta que ninguém tenha tido pena de um jovem inocente, de sua mulher e do filho do casal. "Permitiram ao menos que ele ficasse com seu violino até seu último dia?" E, concluindo, a viúva indaga se seria possível encontrar a tumba do marido em Londres. "Encontrarei sua tumba em Londres? Meu único desejo é dormir lá, onde meu amado marido está dormindo"!
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