Taiadablog: Morte de publicitário em SP: Técnicamente legal !!!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Morte de publicitário em SP: Técnicamente legal !!!


Ford Fiesta do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, que teve o para-brisa marcado pelos disparos
Fiesta do publicitário com marcas dos tiros
 
O comandante-geral interino da PM, coronel Hudson Camilli, evitou responsabilizar os policiais militares que atiraram e mataram o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, 39, que teria supostamente fugido de uma abordagem na zona oeste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (18).

Em entrevista coletiva nesta quinta (19), o comandante foi questionado diversas vezes sobre se teria havido erro na abordagem, mas limitou-se a dizer que as investigações sobre o caso é que apontarão ou não falhas dos policiais.

“Do ponto de vista técnico, a ação não pode ser criticada. Do ponto de vista legal, há reparos a se fazer”, disse o comandante, sem especificar quais serão os reparos.

Os policiais teriam feito os disparos depois de uma suposta tentativa de fuga do publicitário. Durante a perseguição, de acordo com o relato do comandante, o publicitário teria segurado um telefone celular --que os policiais teriam confundido com uma arma. Os PMs Luis Gustavo Teixeira Garcia, 28, Adriano Costa da Silva e Robslon Tadeu do Nascimento Paulino foram presos em flagrantes e estão detidos no presídio militar Romão Gomes, no Tremembé, zona norte da capital.

Em depoimento à Polícia Civil, os policiais disseram que perceberam um objeto preto nas mãos do publicitário e confundiram esse objeto com uma arma. Em seguida, os três dispararam várias vezes, de uma distância curta, contra o publicitário, que levou pelo menos dois tiros na cabeça.

“O gesto dele com o celular na mão os levou a reagir”, justificou o comandante interino. “Ele estava fugindo de uma abordagem. Desobedeceu a uma ordem legal”.

O delegado seccional Dejair Rodrigues identificou erro na atuação dos policiais: “Houve uma falha dos policiais, e, em função desta falha, entendemos que eles deveriam ser presos. Infelizmente a vítima não parou diante de uma ordem dos policiais, mas infelizmente também essa vítima não reagiu contra eles”.

Ricardo Aquino estava a caminho de casa, voltando da residência de um amigo, quando teria se recusado a parar em uma abordagem perto da praça da Paz, no Sumaré. Depois de ser atingido, ele chegou a ser levado para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
 
Então, agora só falta os defensores de direitos humanos pretenderem que os policiais das blitz, aguardem, gentilmente, aos infratores (é o caso do publicitário pois quem não deve não foge!) matarem um ou mais PMs, e depois se entregarem, após 72 horas, e ir prá casa tranquilamente, não é?
 
O rapaz desobedeceu um ordem direta da PM numa Blitz, o que mais se poderia esperar disto?

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