Vardemá: um santo! |
Num instante em que arrefece no noticiário o alarido dos grampos da Monte Carlo, começam a soar nas manchetes as escutas telefônicas colecionadas pela Polícia Federal noutro inquérito, o da Operação Trem Pagador. Deflagrada na semana passada, apura malfeitos atribuídos a José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da Valec, estatal ferroviária vinculada ao Ministério dos Transportes.
Aparece agora, um cadelo diálogo travado por Juquinha com o deputado mensaleiro Valdemar Costa Neto. Coisa de 8 de dezembro do ano passado. Posterior, portanto, à peseudofaxina de Dilma nos Transportes. O grampo sugere que parte da sujeira sobreviveu à vassourada presidencial.
Presidente do PR de São Paulo, Valdemar revela a Juquinha, mandachuva do partido em Goiás, a existência de “um negócio errado” no Dnit, o órgão que cuida da construção e manutenção das estradas federais. O deputado diz que o negócio “vai dar merda”. Discorre sobre a encrenca com conhecimento de causa.
No curso da conversa, Juquinha mostra-se empenhado em restaurar as biografias da turma do PR. “Temos que restabelecer a nossa moral”, diz ele num trecho do grampo. “Foi o melhor período de administraçao dos Transportes, o do PR. Lá atrás era só bomba, você lembra?”, indaga noutra passagem, obtendo a concordância de Valdemar: “Só bomba…”
Considerando-se os meandros da operaçãoTrem Pagador, a bomba do “melhor período” dos Transportes estourou no colo do contribuinte. Tocada em Goiás, sob a supervisão do Ministério Público Federal, a nova investigação detectou desvios de cerca de R$ 130 milhões nas obras da Ferrovia Norte Sul, geridas pela Valec, uma estatal onde Juquinha dava as cartas desde 2003, ano inaugural do primeiro reinado de Lula.
Num esforço para reaver parte do que foi desviado, a Procuradoria obteve na Justiça o bloqueio dos bens da família de Juquinha. Em 1998, quando se candidatou a deputado federal, o doutor informara à Justiça Eleitoral que dispunha de um patrimônio de R$ 559 mil. O bloqueio da semana passada alcançou imóveis avaliados em cerca de R$ 60 milhões.
Como se fosse pouco, Valdemar informa que remanescem nos Transportes excrementos ainda não detectados por Dilma. Quer dizer: a fedentina, que já é insuportável, ainda vai aumentar. Tudo isso num momento em que o PR de Valdemar acaba de associar-se à coligação de José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Procurado, o deputado absteve-se de fazer comentários sobre o grampo radioativo da PF.
Num esforço para reaver parte do que foi desviado, a Procuradoria obteve na Justiça o bloqueio dos bens da família de Juquinha. Em 1998, quando se candidatou a deputado federal, o doutor informara à Justiça Eleitoral que dispunha de um patrimônio de R$ 559 mil. O bloqueio da semana passada alcançou imóveis avaliados em cerca de R$ 60 milhões.
Como se fosse pouco, Valdemar informa que remanescem nos Transportes excrementos ainda não detectados por Dilma. Quer dizer: a fedentina, que já é insuportável, ainda vai aumentar. Tudo isso num momento em que o PR de Valdemar acaba de associar-se à coligação de José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Procurado, o deputado absteve-se de fazer comentários sobre o grampo radioativo da PF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário