Os aviões da extinta Transbrasil que estão há anos parados no aeroporto
de Brasília já têm autorização da Justiça para serem desmontados. A
autorização foi dada pela juíza Inah de Lemos e Silva Machado, da 19ª
Vara Cível de São Paulo. Ela é a responsável pelo processo de falência
da Transbrasil.
A ação faz parte do programa Espaço Livre – Aeroportos, da Corregedoria
Nacional de Justiça, que tem como objetivo remover dos aeroportos todos
os aviões que estejam vinculados às massas falidas de empresas aéreas ou
que tiverem sido apreendidos em processos criminais, principalmente por
tráfico de drogas.
A autorização afeta três Boeings 767-200, que já foram declarados como
perecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Os aviões estão
sem motores, sem acabamento interno e com os painéis da cabine de
comando destruídos. As aeronaves se encontram estacionadas na área
operacional do aeroporto, o que gera transtornos às empresas que atuam
no local.
"Os aviões estão expostos. Milhões de passageiros na capital do Brasil
assistem ao cemitério de aviões a céu aberto quando estão a bordo de
aviões comerciais, o que representa um verdadeiro símbolo da
ineficiência do Estado, que agora, com a união de todos os órgãos
coordenados pela Justiça, superam as dificuldades e complexidades do
processo para dar uma resposta à sociedade", afirma o presidente da
Comissão Executiva do programa Espaço Livre e juiz auxiliar da
Corregedoria Nacional de Justiça, Marlos Melek.
Segundo Melek, dois aviões devem ser desmontados para serem vendidos
como sucata e um avião irá a leilão inteiro, para preservar a memória da
empresa falida. Os desmontes não trarão despesas para a Massa Falida e
os valores arrecadados irão para o pagamento de credores, principalmente
trabalhadores.
A previsão é que o leilão do avião inteiro ocorra até setembro. Na
próxima semana, integrantes do programa Espaço Livre se reúnem em São
Paulo para discutir a avaliação dos bens.
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