Os pés do prefeito rebelaram-se na catedral da Sé, em plena missa comemorativa dos 458 anos de São Paulo.
O atalho da coerência é muito mais curto, pareciam gritar os insurretos para o prefeito, que entrou pelo perigoso caminho da esperteza.
Compreensível a rebelião dos pés. Na tentativa de dirigir a própria sucessão, Kassab agarra-se ao volante sem definir o itinerário. O PSD terá candidato próprio, dissera –depois de tricotar com o PSDB e antes de flertar com o PT.
Passada a missa, Kassab comandou uma cerimônia de distribuição de medalhas. Para afagar o tucanato, pendurou comendas nos pescoços de FHC e Geraldo Alckmin. Para acarinhar o PT, levou a Medalha 25 de Março ao busto de Dilma Rousseff.
Arrancou da presidente um comentário amistoso: “Queria dirigir um cumprimento especial e um agradecimento a essa figura capaz de agregar e criar vínculos fraternos e republicanos com pessoas das mais diferenciadas, que é o prefeito Gilberto Kassab.”
Kassab parece mesmo decidido a desafiar os próprios pés. Arriscado.
Por ora, ganhou uma comparação com o bifurcado Jânio Quados de 1961. Mais um pouco e ganha um tombo.
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